sábado, 30 de janeiro de 2010
É hora do lanche e apetece-me...
E não há queijadas como as da "Casa do Preto", acabadinhas de fazer.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Outras coisas engraçadas que podem acontecer
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Desculpas
Quando confrontado com a pergunta: “Mas porque é que não escreves outra vez?”, responde-me tão-somente: “Não tenho tempo”. Contesto-lhe: “Isso não é desculpa. Há sempre tempo, quando há vontade. ” Defende-se: “Oh, não tenho ideias.” Argumento: “Eu vivo em Santiago onde na maior parte dos dias não se passa rigorosamente nada de especial (ou nada de nada) e ainda assim, escrevo.” E é então que me diz: ”Por isso mesmo; como vives em Santiago, tens mais ideias.” Eu: gargalhada sonora. (Desde quando é que o isolamento estimula a criatividade???)
Mas pronto.
A ele só tenho uma coisa a dizer: “grande cabrão” (passando a expressão, claro). Conquistou os leitores como quem come tremoços e bebe uma cerveja – especialmente com um post que não tendo nada de especial, tinha imensa piada. Outros há, como eu, que se esmeram para, numa base quase diária, darem de si o melhor e por fidelizar cada um dos seus leitores, sonhando com o dia em que chegam ao seu blog, consultam as estatísticas e vêem que foram lidos por mais de 100 pessoas (40, vá!). Enquanto ele (e muitos outros “blogueiros”, convenha-se), se dedicam a outra brincadeira, porque a era do blog, já era! Vão-se embora, sem dizer nem ai nem ui, defraudando os leitores e ainda assim, os leitores, fieis, continuam a ir lá todos os dias, religiosamente, à espera de uma migalhinha, um único post, que os faça rir e quebrar a rotina do dia-a-dia.
Estúpidos.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Telemóveis
domingo, 24 de janeiro de 2010
Quando o mundo gira ao contrário
Zézé Camarinha no seu melhor
Para quem já tinha saudades, pois ele aí está, de novo, no seu melhor! Falta só o já lendário "put a crime"!
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Carrossel Emocional
Esta semana foi assim. Depois de tantas voltas que fiquei tontinha de todo, acabo a semana com um sorriso.
Epah, tou feliz... E a culpa é tua!
(E Tua.)
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Um passeio em Lisboa
Verdade seja dita, foi difícil encontrar a Sacoor, que, descobri depois, ficava afinal na Rua do Carmo, mas mais difícil foi descobrir as botas: só havia um par e o meu pezinho de Cinderela (!!!) não cabia lá dentro. Por 60€ achei que merecia poder andar sem ter os dedos dos pés encolhidos e apertados e por isso mesmo, não as trouxe.
Encontrei em Lisboa, a mesma Lisboa de sempre. Uma Lisboa que apenas conheci como Lisboa muito depois de, por razões profissionais, ter vindo viver para longe. (Foi porventura esse mesmo distanciamento que me permitiu assimilar a cidade por inteiro.) A mesma calçada portuguesa, a mesma praça do Rossio, os mesmos pombos a beber na fonte, a mesma luz de fim de tarde nas ruas do Chiado, embora não fosse sequer meio-dia, a mesma carrinha dos fados, a mesma Brasileira cheia de gente; as mesmas gentes: vestidas de mil e uma formas diferentes, arriscando com peças ora arrojadas, ora (muito) fora de moda, ou em combinações impossíveis – mas conservando sempre a luz, a cor, a personalidade. E mendigos, muitos mendigos.
Acabámos por ir almoçar ao MacDonalds do Rossio (que, fiquei a saber, foi classificado como “melhor loja de rua”, o que não deixa de ser engraçado, com tanta loja diferente que existe ali pela zona), que não sendo nada tipicamente lisboeta, é lugar de paragem (quase) obrigatória, ou não fosse esse muitas vezes o local de visita, no trajecto para a faculdade. Quem pagou os almoços fui eu e fiquei contente por, por dois almoços, ter pago a módica quantia de 8€ e qualquer coisa. Senti subitamente uma avareza que não me é típica (“já poupei”!) ao fechar a carteira e ao enfiá-la na mala, com a certeza que mais dinheiro não gastaria por hoje.
Eis senão quando, ao descermos as escadas do primeiro piso em direcção à porta de saída, nos deparamos com uma mulher extremamente magra, com uma boina de pelo e um casaco coçado que descaia pelos ombros, com um olhar onde se denotava simultaneamente desespero e um sentido de urgência. A mulher pediu-me: “Por favor, compre-me dois hamburguers. Ainda não comi nada hoje e tenho um filho.” Quase instantaneamente, abri a carteira, para lhe dar 1€ e então ela continuou: “Não, não. Eles não me deixam estar aqui.” Pedi-lhe para esperar e voltei para a fila. Enquanto esperava que me atendessem, olhava de relance para a porta em vidro e via a mulher do lado de fora, a olhar, através desse mesmo vidro, para dentro do restaurante. Como se a mulher, em vez de gente, fosse um cão, que tem de esperar pelo dono à porta. Eu não sei se acreditei que ela tinha um filho, mas definitivamente acreditei que, àquela hora, a mulher ainda não tinha comido nada e sobretudo acredito que qualquer ser humano, em pleno século XXI, não devia mendigar comida ou passar fome.
Pedi o menu como se fosse para mim. (Se estava disposta a gastar 60€ numas botas, como não estava disposta a gastar 10€ a fazer feliz outra pessoa?) Um hambúrguer, para quem não come desde o dia anterior, não dá, nem para a cova de um dente. Pedi-lhe um menu duplo Cheese, que era aquilo que eu teria gostado de comer, se não estivesse de dieta. Pensei na minha sobrinha e lembrei-me que os miúdos adoram o Happy Meal. Não quis dar uma esmola, àquela mulher. Quis-lhe dar uma prenda. Por isso pedi ao empregado que pusesse tudo dentro de um grande saco opaco e dirigi-me para a porta. Os olhos da mulher levantaram-se do chão e num instante encheram-se de luz e felicidade. E de repente, a mulher chorou. Quando lhe entreguei o saco, tive a certeza que a mulher voltou a ter cinco anos e a ser criança outra vez. “Deus lhe pague”, disse-me, com um sorriso desdentado, enquanto me tocava muito ao de leve no braço, como se eu fosse alguma espécie de ser sobre-humano e tocar-me fosse uma espécie de rebeldia a ela interdita. Não quis inculcar-lhe esse sentimento, mas sei que há pequenos gestos que agradecemos a certas pessoas como agradeceríamos a própria vida e nesses casos, é inevitável o “endeusamento” da pessoa que nos ajudou. Sorri-lhe. Enquanto caminhava, fiquei ainda a ver a mulher, pelo canto do olho, a “desembrulhar” a comida. Sorri para mim.
É claro que o meu gajo achou que ela queria era dinheiro para a droga e que por isso não gastava na comida; “Ela podia era ir trabalhar” ou “se ao menos tivesses comprado a Cais, aí sim, acho que até tinhas feito bem” e blá blá blá. Sinceramente, marimbei-me para o que ele estava para ali a dizer. Sim, talvez fosse verdade. Talvez a mulher se drogasse e bebesse e quem sabe, talvez, até se prostituísse. Não me cabe a mim julgá-la e pessoalmente acredito que nenhum erro que se cometa nesta vida é razão suficiente para despir um ser humano da sua dignidade, ao ponto de mendigar comida. Mas pronto, eu compreendo: quem vive e passa por Lisboa todos os dias, não pode olhar da mesma forma, ver com os mesmos olhos, porque aquele quadro é “o pão-nosso de cada dia”, para essas pessoas. “E o homem é um animal de hábitos”, já dizia alguém.
Assim como assim, aquela mulher também me ajudou. Quantas vezes questiono a utilidade do meu ser, a razão da minha vida. Quantas vezes me senti vazia, perdida de mim. (E não serei porventura a única). Quantas vezes?! Ah!, mas hoje não. Hoje tive a certeza que tinha de estar onde estive, a fazer o que fiz.
E quando voltei a Santiago, trouxe Lisboa no coração.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
American Idol - Talento português
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Não molhar!
Acabei de chegar a casa e dou-me conta de que a humidade relativa dentro das botas deve ser superior aí a uns 95%...
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
'Tá frio!
Ainda vou ter de descobrir como é que vou sair daqui...
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
O meu novo despertador
Como mencionei num dos posts anteriores, esta encomenda foi recebida por correio, no Dia de Reis. Feliz da vida, fui logo tratar de descobrir como é que o aparelho funcionava e programar o alarme para o dia seguinte. Escolhi, para o meu despertar, o som das ondas do mar… Achei que era relaxante e que ía acordar feliz, como se tivesse adormecido, na praia, debaixo do guarda-sol, numa tarde de Verão. Meus amigos, devo confessar: não me podia ter enganado mais! Às 07h50 toca o meu despertador, pela primeira vez. Só me lembro de ter começado a ouvir um bando de gaivotas a grasnar e um barulho altíssimo de ondas, como que a aproximar-se. O meu cérebro ensonado ficou de tal forma confuso que só me lembro de ter pensado: What the F…? Quando finalmente me apercebi que se tratava do som das ondas do mar dado pelo despertador recém-adquirido, fiquei extremamente mal-disposta e senti-me intrujada: afinal de contas, acordar com o som das ondas do mar para ir para o trabalho, é mesmo gozar com uma pessoa, do género: “Ahah, querias, não querias? Vai mas é trabalhar!”
Carreguei no Snooze, que me possibilitou ficar na ronha durante mais 9 minutos. Às 07h59, novamente as gaivotas a grasnar e o som das ondas a aproximarem-se, como quando a maré está a encher e temos de pegar no guarda-sol e em todos os restantes pertences à pressa e fugir do local para não molhar tudo!
Desta feita, carreguei nos botões todos, para ver se o despertador desligava de vez e fiquei mais cinco minutos deitada, a tentar controlar a minha má disposição matinal, amplificada pelo efeito do despertador SPA…
Mas como é que não me passou pela cabeça há mais tempo que o despertador pudesse ter este efeito em mim?!
Acabaram-se os sons da Natureza, sempre que for para despertar. Despertar bem é às duas da tarde, em férias. Tudo o que seja acordar cedo, ainda para mais sem ser em férias, deve ser anunciado como devido: um beep repetitivo, irritante e estridente, que nos faz ter ganas de bater em tudo e todos, logo de manhãzinha. E ao pé deste beep, qualquer problema que nos surja durante o dia, vai parecer brincadeirinha de crianças!
Quanto aos sons da Natureza (os do rádio-despertador, claro), esses, ficam reservados para quando estiver assim a ler um livro ou a meditar no sofá.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Fim da Quadra Natalícia
De volta ao mundo real: buzinar nas estradas, tentar furar as filas, ficar com os 20 cêntimos que nos deu o senhor do café, porque se enganou e nos deu troco a mais (“abrisse os olhos” ou “por 20 cêntimos não volto lá”). E os que pouco têm, ainda menos terão, porque por alguma estranha razão, as pessoas pensam que os mais desfavorecidos só comem por altura do Natal (ou, na melhor das hipóteses, do Natal e da Páscoa), único momento em que normalmente se lembram de comprar umas coisitas para ajudar o Banco Alimentar. E as famílias voltam a ter mais que fazer do que passar tempo de qualidade em conjunto. Enfim: lá se vai o projecto de “amor e amizade” para o galheiro. É uma pena.
Todos os anos, penso a mesma coisa: passou tão rápido!
Pela frente, uma tarefa penosa: desmanchar a árvore de Natal… É que custa mesmo! Desmanchar a árvore de Natal devia ser um dos serviços, prestados ao domicílio, por exemplo, pela Câmara Municipal… Sei lá!, assim, como aquelas pessoas que vêm entregar as listas telefónicas à nossa porta, podiam também vir desmanchar árvores de Natal. É que uma pessoa não se consegue abstrair da ideia de que o Natal já acabou e que agora, só para o ano. É mesmo o “escarafunchar da ferida”!
Pior que desmanchar a árvore de Natal, só mesmo não a desmanchar e chegar ao Carnaval ainda com a árvore toda enfeitada na sala… Pois, o ano passado aconteceu-me isso! De tanto adiar, a árvore lá foi ficando na sala. Quando finalmente a arrumei, já andavam os putos mascarados!
Pensando bem, além de triste, é também um bocado chato, andar sempre a fazer e desfazer a árvore. Qualquer dia, ponho mesmo em prática a sugestão do Nuno Markl: cubro a árvore com um lençol e só volto a destapá-la no inicio de Dezembro do ano seguinte!
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Sobre o (meu) Dia de Reis
Não, não!, estejam descansados, que não tenciono brindar-vos com mais um brilhante momento musical alusivo a esta época festiva (à semelhança do que fiz no post anterior).
Pois é, pois é… Hoje é Dia de Reis. Neste dia não posso deixar de me lembrar que, aqui mesmo ao lado, no país vizinho, nuestros hermanos estão de papo para o ar, a abrir presentes atrás de presentes, disfrutando de um magnífico festivo (em português, feriado). Sempre achei que, se realmente as prendas simbolizam o ouro, incenso e mirra que os Reis Magos ofereceram ao Menino Jesus por ocasião do seu nascimento, então, de facto, deveríamos proceder à abertura das mesmas no dia 6 de Janeiro – dia em que os Reis Magos, orientados pela estrela guia chegam finalmente ao encontro do Menino -, e não no dia 25 de Dezembro, como actualmente se faz aqui por estas bandas. O que implica, obviamente, que também em Portugal, deveríamos ter direito a um feriado neste dia! (Nota: outra ideia boa, era passar os feriados que se comemoram aos fins-de-semana, para a segunda-feira seguinte, também à semelhança do que fazem nuestros hermanos. Mas, como diz um colega meu: “isso são outros quinhentos”!).
No Dia de Reis também me costumo lembrar de, há muitos anos atrás, devia ter aí uns 11 ou 12 anos, ter encontrado por acaso numa livraria à moda antiga (daquelas que têm aquela escadinha que percorre as prateleiras de uma ponta à outra da loja), um livro que tinha procurado incessantemente, embora sem sucesso, até àquele momento: Mulherzinhas, de Louisa May Alcott. Quando o vi, rejubilei de alegria e o meu pai, para grande alegria minha, e ao contrário do que era habitual, comprou-mo. Um único presente, dado no Dia de Reis, que se calhar por ser o único que tive naquele dia, foi especial. Li o livro devagarinho, devagarinho, como quem saboreia o último bombom e posso dizer que foi o único livro que me dei ao trabalho de plastificar, até hoje. A minha prima, que chegou só no Verão, começou a ler as primeiras páginas do livro, enquanto eu lia as do meio e creio que lemos juntas, em voz alta, o final, no sotão do meu avô.
Hoje já não tenho nem 11 nem 12 anos, mas continuo, secretamente (bom secretamente, até que este post seja publicado, claro!), a desejar que “alguém” me faça recordar para a posteridade este Dia de Reis, como recordo aquele em que o meu pai me ofereceu o livro das Mulherzinhas. Afinal de contas, o melhor da vida são as surpresas agradáveis. Pois é! E parece mesmo que fui ouvida: duas encomendas que fiz (a saber, um despertador com sons da natureza, para um acordar mais suave e uma catrefada de roupa que encontrei em saldos), foram-me entregues hoje, pela transportadora. Achei engraçado, porque, tinha havido uma primeira tentativa de entrega das encomendas, que não foi possível devido ao facto de não me encontrar em Santiago do Cacém e posteriormente, uma marcação para reentrega das encomendas, a realizar dia 4 de Janeiro, que acabou por não acontecer. Acabei por receber hoje as minhas encomendas, o que teve uma graça especial.
Parece que os Reis sempre me encontraram neste dia, mesmo perdida que estou, no meio do Alentejo!