domingo, 15 de maio de 2011

fica-se muito zangado como pessoa. não se criem dúvidas acerca disso. fica-se zangado e deseja-se aos outros pouco bem, e o mal que lhes pode acontecer é-nos indiferente ou, mais sinceramente, até nos reconforta, isso sim, como um abraço de embalo, para que não se ponham por aí a arder como o sol e, sobretudo, não nos falem com uma alegriazinha ingénua, de tempo contado, e nos façam perceber o quanto éramos ingénuos e nunca nos preparáramos para a derrocada de todas as coisas. nunca nos preparamos para a realidade.


(in "a máquina de fazer espanhóis", valter hugo mãe)

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