terça-feira, 29 de setembro de 2009

Adoro o Outono

Assim como quem não quer a coisa, hoje à tarde o céu ficou escuro, muito escuro e caiu uma chuvada imensa.
Eu, que saí da empresa já depois das 19h, ainda andei uns bons metros à chuva, com a capa de plástico onde guardo o meu "encore" do dia de trabalho debaixo do braço, a saltitar por entre os pequenos charcos que começavam a formar-se e a evitar molhar-me a todo o custo, embora sem grande sucesso.
Quando cheguei ao carro, estava encharcada, mas não pude evitar um grande sorriso, juntamente com aquele arrepiozinho de quem acabou de entrar num sítio mais quente e acolhedor. Adoro o Outono!
Ainda fui à Pastelaria Serra, em Santiago do Cacém, onde beberiquei uma bebida quente, enquanto me deliciava, entre o meu livro e a paisagem escura e chuvosa que as grandes vidraças da Pastelaria deixavam adivinhar.
E depois cheguei, aqui à minha casa. Que prazer meter a chave à porta, pousar as coisas, tomar um banho quente e já de pijama sentar-me à frente do meu computador a escrever, ao som da chuva.
É! Eu sou assim! Chamei eu "Provinciano-Saloio" ao meu irmão, mas confesso... Eu também sou um bocadinho!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Só para dizer que estou feliz

E aquele bocadinho do meu dia, marcou o meu dia todo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Hoje, dia 21 de Setembro,

Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer, não posso deixar de recordar a minha avó.
Lembro-me de ser pequenina, tão pequenina que talvez ainda nem andasse na escola e de o meu avô se rir com a minha frequente observação: “Mas oh vó, a avó já perguntou isso três vezes!”. A avó era mesmo esquecida, tão esquecida que um dia fomos passear de mão dada em Sintra e a avó não conseguiu fazer o caminho de volta. E aí deixou de ser engraçado e o avô percebeu finalmente que alguma coisa não estava bem.
Perda de memória, confusão, desorientação e problemas de expressão oral… Por tudo isto a minha avó passou, até ficar completamente vazia e imóvel, durante quase dez anos.
Poucas vezes regressava. Era uma dádiva se tal acontecia e quando acontecia, nunca era por mais de breves instantes. Mas lembro-me ainda da avó ter o meu irmão mais novo, - então com dois ou três meses -, nos braços e de a ver chorar, de felicidade. E nesse dia, pude ouvir-lhe: “É tão perfeito.” E depois calou-se, e voltou a deixar-nos.
Durante muitos anos os médicos não souberam o que ela tinha. Pensou-se que seria arteriosclerose e tantas outras coisas. Quando finalmente se descobriu que era a Doença de Alzheimer, de que pouco se falava naquela altura, a única certeza que tivemos, é que nada havia a fazer. Foi um processo irreversível.
Hoje, transcorridos quinze anos desde o dia em que a minha avó partiu deste mundo, há 90 mil portugueses que sofrem de Alzheimer, muita informação, muita investigação, mas muito poucos avanços da Medicina neste campo. Há uns tempos li que se tinha provado a relação entre uma dieta rica em gorduras saturadas e hidratos de carbono e o desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Aparentemente a Doença de Alzheimer pode também estar relacionada com o isolamento a que foram sujeitos os indivíduos no curso das suas vidas, assim como com a falta de exercício cerebral – que hipoteticamente levaria a esta forma de demência. A verdade é que, a Doença de Alzheimer, uma vez diagnosticada, continua a ser, ainda hoje, uma sentença de um sofrimento prolongado – para o doente e para os familiares que o rodeiam.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ela disse:

Sabes o que é que me apetecia mesmo? Apetecia-me adormecer, agora, durante muito tempo, muitas horas. Podia ser assim, sei lá, durante 36 ou 48 horas... E depois acordava e afinal estava tudo bem, tudo isto já tinha passado. Mas bem de verdade, bem mesmo bem. E eu voltava a ser feliz.

Ele afagou-lhe a cabeça, deu-lhe um beijo na testa e respondeu-lhe então:

Não, tu não queres nada disso. Tu não queres dormir, porque é acordada que vais resolver os teus problemas.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ao estilo Jon Stewart...

Ao estilo Jon Stewart, com o nosso Primeiro-Ministro, aqui vos deixo:



Muito bom! Vamos ver se Portugal está preparado para um estilo de humor assim.
Já fazia falta...

domingo, 13 de setembro de 2009

Vamos ter de pensar melhor nisso, não?!

Senhores dos Centros Comerciais, Hipermercados e outros que tais:

A ideia de porem junto às casas-de-banho um doseador automático com desinfectante, como forma de prevenção da gripe A, é gira, sim senhor, mostra que se preocupam e tal, mas sejamos sinceros: NÃO FUNCIONA!

Senão vejamos: suponhamos que já andámos que nos fartámos no shopping, fizemos as suas comprinhas, temos dois ou três sacos nas mãos e decidimos que é hora de ir comer. Como pessoas asseadas que somos, vamos à casa-de-banho, para lavar as mãozinhas e não vá o diabo tece-las, passamos também as mãos pelo desinfectante que sai do doseador, aliás, verdade seja dita, muito bem feito, com sensor e tudo, para evitar que o utilizador tenha contacto directo com qualquer superfície potencialmente infectada. Acabando de desinfectar as mãos, vamos ter de voltar a pegar nos sacos que trazíamos, cuja alça – surpresa! – esteve em contacto com as nossas mãos antes de sequer as lavarmos, por isso se qualquer possibilidade de contágio da gripe existisse, pois lá continua. Solução: desinfectar também as alças dos sacos (ok, até aqui tudo bem, embora comece a duvidar que alguém tenha paciência para o fazer, o que torna o acto de desinfecção das mãos, anteriormente descrito, perfeitamente inútil).

Bom, mas agora vamos supor que temos as mãos desinfectadinhas, não tocamos em mais nada e chega a hora de irmos então comer. Pois… Temos de pagar. E como é que pagamos? Com dinheiro – e se assim for o mais certo é haver contacto directo com a pessoa que nos está a atender - ou, com cartão – e nesse caso lá estamos nós a digitar o código na maquineta onde metade dos clientes que frequentam o Centro Comercial já pôs as mãozinhas (que entretanto andaram também sabe-se lá onde!).

Depois há que pegar no tabuleiro para transporte da refeição (tabuleiro esse que foi usado há dez minutos por um cliente que entretanto acabou de comer e o deixou disponível para nós). Ao pousar a comida numa mesa temos ainda que arrastar a cadeira para nos sentarmos e uma vez que se a chamarmos ela não vem sozinha, pois lá teremos nós que usar as mãozinhas novamente.

Quando finalmente vamos comer, ou muito me engano ou a desinfecção que fizemos já foi à vida e já temos as mãos novamente carregadas com milhares de bactérias e, quem sabe, com o vírus da gripe. Resta-nos voltar a andar 500 metros até à casa-de-banho mais próxima e repetir o acto de desinfecção, isto claro, se estivermos acompanhados de alguém que “deite um olho” à nossa refeição e aos nossos sacos enquanto nos ausentamos, o que convenhamos, é, no mínimo pouco prático. Ou então, confiamos na Providência e esperamos que nada de mal nos aconteça.

Enfim, convido-vos a fazer a experiência e a comprovar o que aqui deixo escrito.

Caríssimos senhores: parece que vamos ter de pensar melhor nisso, não? Isto claro, se o objectivo for que a campanha de prevenção surta algum efeito; se for apenas como medida publicitária, assim só para mostrar o compromisso do estabelecimento com a higiene e saúde pública e tal, embora sem qualquer efeito prático, ah, aí o caso muda de figura; se assim for, eu é que peço desculpas por este meu comentário e pela ideia tão parva que tive, de que isto dos doseadores de desinfectante era mesmo para prevenir a gripe A!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

MINI-FÉRIAS!

Se perguntarem por mim, digam que voei.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

É só impressão minha?

É impressão minha ou há mesmo por aí uma tendência generalizada para se fazer secretismo em relação aquilo que não se sabe?
Meus amigos: não se deixem enganar! O bom português é, por norma, desbocado, coscuvilheiro e só está bem quando tem a "língua a badalar". Por isso, se há muito mistério no ar, como se algo de grande estivesse para vir, mas na realidade nada de concreto é revelado, não se deixem ir em cantigas: realmente, não se sabe mesmo de nada.
As simple as that.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Casa vazia... Outra vez

Depois de um atribulado Verão, em que quase não parei por Santiago a não ser durante o tempo de trabalho, e em que tive a casa constantemente cheia, eis que é chegada a hora de regressar à vida como eu a tenho conhecido por aqui. Acaba o Verão e com ele a praia, a piscina, as saídas para o Algarve e para a Zambujeira aos fins-de-semana. A casa fica outra vez sozinha...
O meu sentimento em relação a isto: ainda bem! Já não era sem tempo!
Finalmente tenho PAZ! Já não tenho um segundo de descanso há pelo menos, pelo menos um mês e meio. Agora mesmo tenho o rabo sentadinho no sofá e sinceramente, dou-me conta de que praticamente me tinha esquecido do confortável que era!
Vou desligar o telefone, fazer um batido de pêssego, que hoje não preciso de fazer jantar (yes!), tomar um banho de imersão e usar os meus mil e um cremes com mil e uma funções distintas. Depois vou pegar num livro e abri-lo na página 65 - onde se encontra o marcador há mais de três semanas. Como música ambiente, hoje vou talvez ficar-me pelo "The Sound of Silence". Ah!, e se me apetecer ver televisão, não vou ter ninguém a tirar-me o comando da mão e a obrigar-me a ver o Dragon Ball ou o Aleixo, não é maninho?!
(Namorado, amigos, família: adoro-vos a todos, não levem a mal este post, voltem sempre a minha casa, estão sempre convidados, mas se possível, aceitem o convite só para o ano que vem! Brincadeirinha: amanhã já vou estar cheia de saudades vossas e a desejar ver-vos novamente o mais depressa possível!)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Os camelos de Mehmet (you wish!)

Contem-me: já alguém que desconhecem se fez a vocês no Facebook?
Hoje vivi uma experiências dessas, depois de aceitar um convite para me conectar a um tal de Mehmet qualquer coisa - que eu não conhecia de lado nenhum. (Aceitei porque pensei que talvez me estivesse a esquecer de alguém, sei lá, já andei por tanto sítio, podia estar a escapar-me alguém).
Ora o nosso amigo Mehmet qualquer coisa dizia-me então que eu era "very beuatiful" (o desgraçado nem escrever direito sabia!). Depois perguntou-me cinquenta vezes se eu era da "Latin Amerika" (What???) e que idade tinha eu. Eu respondi: "For sure, I'm too old for you" (estou convencida que o puto devia ter para aí uns 16 anos se tanto!).
Ele chateou-se e disse-me: "You're very ugly" (ai é, ai é, então toma lá!).
Depois reconsiderou e disse-me novamente: "But seriously, where do you live?".
Bolas, e eu a pensar que tinha arrumado com a conversa!
Bom, mas vai-se a ver e todo o interesse do jovem na minha pessoa está relacionado com a publicação do resultado de um quiz que fiz recentemente, que indicava que eu equivalia a 500 camelos. Sim, que com aquele nome, o tipo não me engana.
Maltinha: muito cuidado com os quizzes do Facebook!