terça-feira, 23 de março de 2010

No fim de contas

Só me lembro de ter gostado a sério de dois rapazes na minha vida. Embora a mente tenha voado muito, os pés sempre estiveram bem assentes na terra.
E gostei dos dois por igual período: exactamente sete anos, cada um. A única diferença é que um deles espero amar até ao fim da minha vida e o outro ía dando cabo da minha vida, como eu a conheço.
Esse outro, faz anos hoje. Dia 23 de Março. Não me esqueço. Em nenhum ano me esqueci. Pertence ao passado, mas existe. Tanto existe, que recentemente encontrei-o pelos meandros do Facebook , depois de ele me ter adicionado. E hoje, feita parva, lá fui eu ao bom do Facebook desejar-lhe os parabéns e um dia muito feliz e todas essas coisas...

Depois do desejo, do amor, do ódio, da raiva, da tristeza, do "integrar a frustração"; depois de tudo isso resolvido, só fica o carinho puro, como era no principio, e os desejos sinceros de que não apenas "neste dia de festa", mas que durante toda a vida, "tenha tudo de bom, o que a vida contém".

2 comentários:

  1. «Fiquemos, um perante o outro, como dois conhecidos desde a infância, que se amaram um pouco quando meninos, e, embora na vida adulta sigam outras afeições e outros caminhos, conservam sempre, num escaninho da alma, a memória profunda do seu amor antigo e inútil.»

    (Fernando Pessoa, última carta a Ofélia (viria a haver uma segunda fase, bem curta)

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  2. Lindissimo, ou não tivesse sido escrito pelo grande Mestre, meu escritor preferido, Fernando Pessoa. Recentemente, foi publicado um livro com as cartas de Fernando Pessoa a Ofélia. Já o vi na Fnac. Um dia destes, compro-o.

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