Senhores dos Centros Comerciais, Hipermercados e outros que tais:
A ideia de porem junto às casas-de-banho um doseador automático com desinfectante, como forma de prevenção da gripe A, é gira, sim senhor, mostra que se preocupam e tal, mas sejamos sinceros: NÃO FUNCIONA!
Senão vejamos: suponhamos que já andámos que nos fartámos no shopping, fizemos as suas comprinhas, temos dois ou três sacos nas mãos e decidimos que é hora de ir comer. Como pessoas asseadas que somos, vamos à casa-de-banho, para lavar as mãozinhas e não vá o diabo tece-las, passamos também as mãos pelo desinfectante que sai do doseador, aliás, verdade seja dita, muito bem feito, com sensor e tudo, para evitar que o utilizador tenha contacto directo com qualquer superfície potencialmente infectada. Acabando de desinfectar as mãos, vamos ter de voltar a pegar nos sacos que trazíamos, cuja alça – surpresa! – esteve em contacto com as nossas mãos antes de sequer as lavarmos, por isso se qualquer possibilidade de contágio da gripe existisse, pois lá continua. Solução: desinfectar também as alças dos sacos (ok, até aqui tudo bem, embora comece a duvidar que alguém tenha paciência para o fazer, o que torna o acto de desinfecção das mãos, anteriormente descrito, perfeitamente inútil).
Bom, mas agora vamos supor que temos as mãos desinfectadinhas, não tocamos em mais nada e chega a hora de irmos então comer. Pois… Temos de pagar. E como é que pagamos? Com dinheiro – e se assim for o mais certo é haver contacto directo com a pessoa que nos está a atender - ou, com cartão – e nesse caso lá estamos nós a digitar o código na maquineta onde metade dos clientes que frequentam o Centro Comercial já pôs as mãozinhas (que entretanto andaram também sabe-se lá onde!).
Depois há que pegar no tabuleiro para transporte da refeição (tabuleiro esse que foi usado há dez minutos por um cliente que entretanto acabou de comer e o deixou disponível para nós). Ao pousar a comida numa mesa temos ainda que arrastar a cadeira para nos sentarmos e uma vez que se a chamarmos ela não vem sozinha, pois lá teremos nós que usar as mãozinhas novamente.
Quando finalmente vamos comer, ou muito me engano ou a desinfecção que fizemos já foi à vida e já temos as mãos novamente carregadas com milhares de bactérias e, quem sabe, com o vírus da gripe. Resta-nos voltar a andar 500 metros até à casa-de-banho mais próxima e repetir o acto de desinfecção, isto claro, se estivermos acompanhados de alguém que “deite um olho” à nossa refeição e aos nossos sacos enquanto nos ausentamos, o que convenhamos, é, no mínimo pouco prático. Ou então, confiamos na Providência e esperamos que nada de mal nos aconteça.
Enfim, convido-vos a fazer a experiência e a comprovar o que aqui deixo escrito.
Caríssimos senhores: parece que vamos ter de pensar melhor nisso, não? Isto claro, se o objectivo for que a campanha de prevenção surta algum efeito; se for apenas como medida publicitária, assim só para mostrar o compromisso do estabelecimento com a higiene e saúde pública e tal, embora sem qualquer efeito prático, ah, aí o caso muda de figura; se assim for, eu é que peço desculpas por este meu comentário e pela ideia tão parva que tive, de que isto dos doseadores de desinfectante era mesmo para prevenir a gripe A!
A ideia de porem junto às casas-de-banho um doseador automático com desinfectante, como forma de prevenção da gripe A, é gira, sim senhor, mostra que se preocupam e tal, mas sejamos sinceros: NÃO FUNCIONA!
Senão vejamos: suponhamos que já andámos que nos fartámos no shopping, fizemos as suas comprinhas, temos dois ou três sacos nas mãos e decidimos que é hora de ir comer. Como pessoas asseadas que somos, vamos à casa-de-banho, para lavar as mãozinhas e não vá o diabo tece-las, passamos também as mãos pelo desinfectante que sai do doseador, aliás, verdade seja dita, muito bem feito, com sensor e tudo, para evitar que o utilizador tenha contacto directo com qualquer superfície potencialmente infectada. Acabando de desinfectar as mãos, vamos ter de voltar a pegar nos sacos que trazíamos, cuja alça – surpresa! – esteve em contacto com as nossas mãos antes de sequer as lavarmos, por isso se qualquer possibilidade de contágio da gripe existisse, pois lá continua. Solução: desinfectar também as alças dos sacos (ok, até aqui tudo bem, embora comece a duvidar que alguém tenha paciência para o fazer, o que torna o acto de desinfecção das mãos, anteriormente descrito, perfeitamente inútil).
Bom, mas agora vamos supor que temos as mãos desinfectadinhas, não tocamos em mais nada e chega a hora de irmos então comer. Pois… Temos de pagar. E como é que pagamos? Com dinheiro – e se assim for o mais certo é haver contacto directo com a pessoa que nos está a atender - ou, com cartão – e nesse caso lá estamos nós a digitar o código na maquineta onde metade dos clientes que frequentam o Centro Comercial já pôs as mãozinhas (que entretanto andaram também sabe-se lá onde!).
Depois há que pegar no tabuleiro para transporte da refeição (tabuleiro esse que foi usado há dez minutos por um cliente que entretanto acabou de comer e o deixou disponível para nós). Ao pousar a comida numa mesa temos ainda que arrastar a cadeira para nos sentarmos e uma vez que se a chamarmos ela não vem sozinha, pois lá teremos nós que usar as mãozinhas novamente.
Quando finalmente vamos comer, ou muito me engano ou a desinfecção que fizemos já foi à vida e já temos as mãos novamente carregadas com milhares de bactérias e, quem sabe, com o vírus da gripe. Resta-nos voltar a andar 500 metros até à casa-de-banho mais próxima e repetir o acto de desinfecção, isto claro, se estivermos acompanhados de alguém que “deite um olho” à nossa refeição e aos nossos sacos enquanto nos ausentamos, o que convenhamos, é, no mínimo pouco prático. Ou então, confiamos na Providência e esperamos que nada de mal nos aconteça.
Enfim, convido-vos a fazer a experiência e a comprovar o que aqui deixo escrito.
Caríssimos senhores: parece que vamos ter de pensar melhor nisso, não? Isto claro, se o objectivo for que a campanha de prevenção surta algum efeito; se for apenas como medida publicitária, assim só para mostrar o compromisso do estabelecimento com a higiene e saúde pública e tal, embora sem qualquer efeito prático, ah, aí o caso muda de figura; se assim for, eu é que peço desculpas por este meu comentário e pela ideia tão parva que tive, de que isto dos doseadores de desinfectante era mesmo para prevenir a gripe A!
O que tu não reparaste é que cada dose que o bicho deitava cá para fora servia para desinfectar sacos, carteiras, dinheiro, cartões, mãos de funcionários, cadeiras e até mesmo comida...
ResponderEliminarParecia que tinha andado a chafurdar com as mãos em absinto depois de ter utilizado o magnifico doseador!!! xP
Ok, com esta, sim senhora, refutaste a minha teoria. Pensava que ías defender a utilização de uma embalagem de loção individual... Essas embalagens, pelos vistos, até na boca se podem por, que não há problema nenhum!
ResponderEliminarlooool...essas embalagens são do catano!!! São feitas de um plástico especial XPTO imune a qq tipo de vírus ou bactéria, daí não haver problema em fazer como a senhora que lá estava:
ResponderEliminar- Abrir o frasco (com as mãos), tocando obviamente na tampa; despejar uma porção de desinfectante na mão desocupada; fechar o frasco desajeitadamente; colocar o frasco (do lado da tampa) na boca enquanto se desinfectam as mãos vigorosamente.
Muito bom!
ResponderEliminarIsto não é para evitar o contágio, é devido a uma outra coisa que dá pelo nome de politiquices. Ou seja, é preferível meter um doseador com a dita solução do que não meter nada e ser acusado de nada se fazer perante o "grande" problema da gripe A (que continua a matar menos que a gripe "normal"). Capiche? Morram todos mas n deitem as culpas para cima de nós.
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