Nesta era em que tudo é fabricado, em que nada é natural, em que nada é puro; em que os primeiros beijos se trocam por telemóvel, se fala por sms e os ditos “encontros românticos” acontecem no cinema, entre um balde de pipocas e um copo de coca-cola, nesta era, que já não é minha, já não é tua, já nem é nossa, deixa-me falar-te de amor…
Não quero falar deste “amor” novo, feito de “roda-bota-fora”, que nasce podre e é vazio. Não te quero falar do amor para passar tempo, que se joga na Internet; nem daquele que se conhece num bar ou numa discoteca.
Não: deixa-me falar-te de amor como o conheço, da mesma forma lamechas e (hoje) tão fora de moda; a mesma que te ensinaram os teus pais ou os teus avós; como era antigamente, quando passeavam junto ao rio, por vezes de mãos dadas, e coravam ainda, se encontravam alguma cara conhecida.
Deixa-me falar-te do amor que me ensinaste…
O amor que me ensinaste começou por um acaso, porque, por acaso, eu estava sozinha e tu também. O amor que me ensinaste não foi cozinhado nem confeccionado a propósito…
No nosso amor, tu dás-me a mão e eu coro; convidas-me para sair e eu hesito; brincas com os meus caracóis e eu gosto; bebemos chá e ficamos ébrios; passeamos à beira-rio e pode ser que nos beijemos.
No nosso amor, não somos só amantes, mas somos cúmplices. E companheiros. Olhas para mim e lês-me nas entrelinhas. Olho para ti e sei-te de cor. Sorrio e mergulhas nesse sorriso. Abraças-me e absorves-me inteira. Dizes-me “amo-te” e eu acredito.
O amor que me ensinaste é puro, é natural, é biológico, sem corantes nem conservantes.
Mas deixa-me contar-te um segredo: nesta era, que já não é minha, já não é tua, já nem é nossa, o nosso amor, ainda encanta!
(Texto da minha autoria, vencedor de Menção Honrosa no Concurso Nacional de Textos de Amor 2008 promovido pelo Museu Nacional da Imprensa).
Não quero falar deste “amor” novo, feito de “roda-bota-fora”, que nasce podre e é vazio. Não te quero falar do amor para passar tempo, que se joga na Internet; nem daquele que se conhece num bar ou numa discoteca.
Não: deixa-me falar-te de amor como o conheço, da mesma forma lamechas e (hoje) tão fora de moda; a mesma que te ensinaram os teus pais ou os teus avós; como era antigamente, quando passeavam junto ao rio, por vezes de mãos dadas, e coravam ainda, se encontravam alguma cara conhecida.
Deixa-me falar-te do amor que me ensinaste…
O amor que me ensinaste começou por um acaso, porque, por acaso, eu estava sozinha e tu também. O amor que me ensinaste não foi cozinhado nem confeccionado a propósito…
No nosso amor, tu dás-me a mão e eu coro; convidas-me para sair e eu hesito; brincas com os meus caracóis e eu gosto; bebemos chá e ficamos ébrios; passeamos à beira-rio e pode ser que nos beijemos.
No nosso amor, não somos só amantes, mas somos cúmplices. E companheiros. Olhas para mim e lês-me nas entrelinhas. Olho para ti e sei-te de cor. Sorrio e mergulhas nesse sorriso. Abraças-me e absorves-me inteira. Dizes-me “amo-te” e eu acredito.
O amor que me ensinaste é puro, é natural, é biológico, sem corantes nem conservantes.
Mas deixa-me contar-te um segredo: nesta era, que já não é minha, já não é tua, já nem é nossa, o nosso amor, ainda encanta!
(Texto da minha autoria, vencedor de Menção Honrosa no Concurso Nacional de Textos de Amor 2008 promovido pelo Museu Nacional da Imprensa).
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