quinta-feira, 30 de julho de 2009

Vim parar aqui!

Só para não deixar os meus leitores expectantes (!!!), informo que conseguimos arranjar tenda na Decathlon de Almada!
Meio Portugal percorrido, viemos parar ao Parque de Campismo de Albufeira (www.campingalbufeira.net).

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Vou de férias amanhã! (Em princípio...)


Amiguinhos,
Amanhã vou de férias!
Ainda não sei para onde vou... Talvez para Peniche, Albufeira, Tavira ou Nazaré... A sério que ainda não sei! Depende do que me apetecer amanhã, quando acordar.
São 3h00 da manhã e estive até agora a fazer a mala, porque isto já se sabe que no campismo as necessidades são redobradas.
Ah!, também ainda não comprei a tenda... Estava a pensar numa assim como mostra a figura, à venda na Decathlon, daquelas que se atiram e puf!, ficam logo todas montadinhas, sem dar trabalhinho nenhum. Mas estive a ver no site da loja e o produto aparece indisponível, assim como quase todas as tendas. Ora isto aumenta ainda mais a adrenalina: conseguirei eu arranjar uma tenda? Conseguirei vaga no parque de campismo? Que parque de campismo? Em que zona?
Bolas... Acho que vai ser dificil adormecer com tamanha ansiedade. Assim é que eu gosto! Afinal de contas, que piada é que têm as férias demasiado planeadas? Quando efectivamente chegamos ao local, já estamos enjoados, porque é como se tivéssemos lá passado o último mês e meio - tempo que efectivamente estivemos a planear as férias.
É claro que planear as férias também permite aumentar as probabilidades de sucesso da coisa... Mas perde-se em espírito de aventura.
Pois então, aí vou eu.... IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIAAAAAAAAAAAAAAAA!!!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sr. Carlos, um mecânico à maneira

Amanhã vou levar o meu Popi à inspecção e, a propósito disso, lembrei-me de partilhar com os meus caríssimos leitores uma das coisas mais suis-generis que encontrei por este Alentejo, que foi exactamente o facto de ter encontrado um mecânico honesto, simpático e bem formado, sem a mania que as mulheres não percebem nada de carros e só levam o carro à oficina quando este já não anda… Sim, caríssimos amigos e amigas, eu garanto-vos, ELE EXISTE! E isso mais que justifica o título deste meu post: Sr. Carlos, um mecânico (talvez o único no mundo) à maneira.
Pois… Tudo começou há cerca de dois anos e meio atrás, quando eu ainda vivia em Sines. De um momento para o outro, o pneu dianteiro do lado direito, começou, sem mais nem porquê, a aparecer constantemente “em baixo”. Nessa altura, tempo das vacas gordas, ainda eu levava o meu carrinho todos os fins-de-semana para Lisboa e não era raro, depois da viagem, à sexta-feira, lá estar eu à porta de uma qualquer oficina de Lisboa que ainda estivesse aberta àquelas horas, solicitando a reparação do pneu. É claro que era logo brindada com comentários simpáticos dos senhores mecânicos (“pois, isto já se sabe, enquanto andar para a frente, não interessa ver a pressão dos pneus” ou “sabe que isto é preciso ter cuidado com os estacionamentos e com os passeios” ou ainda “pois, teve muita sorte em não ter tido nenhum acidente com um pneu destes e em estarmos abertos a esta hora” e blá, blá, blá de mecânicos). A verdade é que, graças a este pneuzinho, que andava sempre a fazer das suas, aprendi, pelo número de vezes que o fiz, a mudar um pneu com destreza - incluindo aquela parte de colocação do macaco e tudo – coisa que muito bom homem que para aí anda, não faz! Enquanto às minhas idas às oficinas de Lisboa, além de 5€ que larguei repetidas vezes para encherem o mesmo pneu (que, garantiam, não estava furado/rebentado) e dos comentários jocosos, pouco mais aqueles senhores fizeram.
Eis senão quando, o mesmo incidente (esvaziamento súbito do pneu) sucede, desta feita, em Sines. De imediato procurei uma oficina e levei lá o carro. E este foi o meu primeiro contacto com o Sr. Carlos. O Sr. Carlos foi extremamente simpático, mostrando compreensão para com a situação, e, pelo facto de não ter emitido comentários sarcástico-machisto-jocosos, marcou logo aí uns 10 pontos na minha consideração. Além disso, foi o único que me conseguiu resolver o problema: afinal, o problema não estava no pneu, mas sim na jante, que estava torta - desde que eu tinha batido com ela num passeio! -, pelo que o pneu, inevitavelmente “descolava”, esvaziando. Com paciência de alentejano, o Sr.Carlos, lá esteve a endireitar a jante e guess what?! Não voltei a ter chatices por causa daquele pneu/jante. Além disso, também encheu o pneu e o mais engraçado é que não me levou dinheiro nenhum.
Mais tarde, voltei a ir à oficina porque tinha rebentado um pneu. No entanto, em casa dos meus pais (Sintra), tinha pneus sobressalentes e por isso o Sr. Carlos, em vez de se armar em xico-espertinho e cobrar-me logo a substituição de um pneu por um novo, emprestou-me um dos que tinha na oficina, para que eu conseguisse realizar a viagem até Sintra e pudesse trazer, na segunda-feira seguinte, um dos pneus sobressalentes para substituir. Assim, a despesa, que poderia ter ficado em 70€, ficou em 5€. Muito contente com a poupança que tinha acabado de conseguir, vou eu a sair da oficina, ainda a acenar ao Sr. Carlos e “obrigada, obrigada”, quando, sem dar por isso, embati num jipe que se encontrava mesmo a bloquear a saída, amolgando a porta traseira esquerda. Aselhices destas não me costumam acontecer frequentemente (a sério que não!), mas é sempre embaraçoso, porque uma pessoa já se está a passar por ter batido noutro carro e depois ainda por cima em frente a um mecânico, que já por si costumam ter aquela ideia de que as mulheres são umas nabiças ao volante. Mas daquela vez foi diferente! Lembro-me como se fosse hoje, de tão comovente que foi: o Sr. Carlos, muito calmamente, apenas me disse: “chegue lá aqui o carro outra vez” e pegou numa peça que fazia vácuo e “desamolgou” a porta, sem, mais uma vez, cobrar um cêntimo por isso. Também o dono do jipe, acabou por dizer “que não era nada”, talvez, sabe Deus, ainda sob o efeito das boas vibrações emitidas por aquele Santo Mecânico que é o Sr.Carlos!!!
Outra vez, tinha o meu carro 126 mil quilómetros, alguém me falou de uma coisa, que eu até então desconhecia, chamada “correia de distribuição”. Pois é, ao que parecia, era sempre uma despesa enorme mudar a correia (para cima de 500 €) e ai que tu já devias ter mudado isso há pelo menos 30 mil quilómetros, e se não a mudas podes dizer adeus ao carrinho, que mais vale metê-lo na sucata, patati, patatá… Lá fui eu de novo levar o carro à oficina onde trabalha o Sr. Carlos. Primeiro aspecto revelador de grande honestidade: não fez nada ao carro, sem antes me dar um orçamento (400€ para mudança da correia de distribuição, óleo e filtros, alinhamento da direcção e mais uma série de tretas que já nem me lembro). Quando dei o meu OK, lá avançou. Surpresa deveras agradável: quando lá cheguei, paguei quase menos 100€ do que o valor previsto pelo orçamento e além disso o Sr. Carlos ainda tinha reparado uma peça no pedal do travão (a partir daí as minhas travagens foram muito mais suaves!)… Ou seja, e isto é que é o inédito: fez mais do que se comprometeu a fazer, por menos dinheiro do que aquele que se propôs levar. (O normal é levarmos o carro ao mecânico e quando lá chegamos temos uma conta para cima de 700€, sabe-se lá bem por que raio, se só tínhamos pedido para alinhar a direcção, não é assim?). Além disso, tinha lá as pecinhas todas substituídas e a correia antiga, para me mostrar a mim, super-entendida no assunto (!!!), a necessidade de mudança das mesmas. Sim, amigos mecânicos, que as mulheres não são todas burrinhas, ‘tá bem? E válvulas, flanges, juntas, orifícios calibrados, correias, bielas e cambotas, TRATO EU POR “TU”! É bom não esquecer, que eu trabalho numa fábrica, ok?!
Outra coisa: o Sr. Carlos não faz algo que me irrita solemente: a típica mania de dar dois preços, um com factura e outro sem factura. Então mas os senhores mecânicos não sabem que têm de pagar IRS como os demais cidadãos para exercer a sua actividade, hem?! Ali com o Sr. Carlos o preço é SEMPRE como manda a lei, porque este senhor compreende que, apesar de ter um estatuto diferente dos demais cidadãos, devido à sua profissão – que lhe permite, entre outras coisas, ter calendários da Pirelli no estabelecimento! -, a lei é para todos e não apenas para quem trabalha por conta de outrem e tem retenção na fonte.
Por isso deixo aqui o meu bem-haja ao Sr. Carlos, que me faz acreditar que ainda há pessoas de bem neste país, que mais do que quererem o nosso dinheirinho que nos custa tanto a ganhar, são um exemplo vivo do conceito de “Orientação para o Cliente”.
Aos outros mecânicos, e em especial a esses que me atenderam em oficinas de Lisboa e bem se marimbaram para a problemática do meu pneu e para as minhas observações (“mas olhe que eu ainda ontem vi a pressão do pneu”, “mas tem a certeza de que é do pneu?, ainda a semana passada me aconteceu o mesmo”, …), aqui vos deixo uma mensagem: arranquem os calendários pornográficos das paredes, deixem de olhar de soslaio - mas ainda assim com ar babado - para os atributos de uma mulher, pensando que ela não nota, porque ela nota e nota bem, deixem de cobrar as peças que não substituíram e as horas que não passaram a arranjar o nosso carro, lavem as mãos quando passam recibos, passem recibos e deixem-se de comentários e piadas sexistas, porque isso já perdeu a piada para aí, pelo menos, pelo menos, desde os anos 80 (que foi quando eu nasci).
(Ah, e mais uma coisa: a partir de agora vão ter concorrência, porque eu vou fazer aquilo que se faz quando se é bem atendido num estabelecimento - uma das razões para existir o conceito de “Orientação para o Cliente”-, que é exactamente PUBLICIDADE GRÁTIS ao Sr. Carlos e à sua oficina!)
Caríssimos leitores, e sobretudo caríssimas leitoras, a experiência de levar o carro à oficina deixou de ser, para mim, aquela coisa dolorosa tipo ir ao dentista arrancar ou desvitalizar um dente…
Amanhã vou levar o carro à revisão/inspecção (sim, que o Sr. Carlos faz o favor de o levar à inspecção, evitando-me o transtorno). E vou poder dormir descansada.
Já sabem: Sr. Carlos, Sines, Auto Litoral Alentejano.
Tenho dito.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Cristiano Ronaldo volta a surpreender


Sim senhor! Esta semana dou por especialmente bem aplicados os 2,85€ que gastei na compra da revista Sábado. Isto porque foi lá, na secção Frases (páginas 30 e 31 da revista), que pude ler a coisa mais fofinha, mais querida, mais… e tudo e tudo e tudo, que li nos últimos tempos, vinda da boca de Cristiano Ronaldo:

“A imagem para mim é importante. Tento imitar a minha mãe e as minhas irmãs, pois são mais bonitas que eu. Mas não consigo.”

Isto é que é um doce de um filho/irmão para se ter… Estou… Simplesmente... Sem palavras!
Qual Floribela, Cristiano Ronaldo revela-se capaz das maiores façanhas para fazer feliz o próximo…
Ou então está só (muito) míope.
Seja como for, o rapaz não deixa de surpreender…

quinta-feira, 23 de julho de 2009

E por falar em estilo, bonecos e compras em Santiago...



Gostei muito e também as trouxe para casa! Muito girly...

Estilo: ter ou não ter, eis a questão

De compras em Santiago, acabei por comprar “O Livro Negro do Estilo”, de Nina Garcia (Directora de Moda da Elle e da Marie Claire e júri no programa Project Runway, da SIC Mulher).
Normalmente não sou dada a este tipo de leituras, mas a citação da autora apresentada na contra-capa (“O estilo surge quando sabemos quem somos e quem queremos ser no mundo”) conseguiu convencer-me que a autora era uma mulher inteligente (vá, com pelo menos dois dedos de testa), e que, vai daí, até posso aprender umas coisinhas (poucas, poucas)!
Ah!, e tinha bonecos – o que torna sempre os livros atractivos!
Por isso amiguinhos: "mi aguardem" que eu 'tou chegando!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Viver num condomínio

Viver num condomínio pode ser uma experiência muito boa ou muito má, mas sem dúvida é sempre uma experiência humanamente enriquecedora, uma vez que há que aprender a partilhar um espaço comum com mais famílias, o que pode, por vezes, ser complicado.
No condomínio onde vivo, cerca de cinquenta famílias partilham um espaço comum que inclui piscina, jardins, garagem, elevador e claro, as paredes.
Devo dizer, com total sinceridade, que a boa convivência da vizinhança foi algo que desde logo me surpreendeu. Tendo vivido em localidades como a Rinchoa e o Algueirão, sempre achei que isto ía dar molho, mas afinal não! Aqui, tudo se coaduna para que cinquenta famílias possam ser felizes, podendo desfrutar das vantagens de viver num condomínio, tendo eliminado por completo as desvantagens da partilha de um espaço comum - tudo graças ao respeito que os condóminos mostram uns pelos outros.
Senão vejamos:

Utilização da piscina:
A partilha da piscina pelas criancinhas do condomínio, possibilitou que estas se conhecessem, brincassem e desfrutassem da companhia umas das outras e, ainda mais importante, que coincidissem no horário de utilização da piscina – o que significa que até às seis da tarde a piscina tem, mais ou menos, duas a três criancinhas por metro quadrado, mas que a partir dessa hora, as criancinhas vão para as respectivas casas, deixando a piscina livre para que, adultos como eu, tenham espaço para nadar, sem atropelar ninguém e sem toda aquela “guinchadeira” desagradável pela qual as criancinhas são responsáveis.
Utilização dos espaços verdes:
Os espaços verdes comuns ao condomínio mantém-se como no princípio, ou seja, verdes. Não ficaram amarelos, porque todos os condóminos pagam o condomínio atempadamente (não sei, digo eu!), e como tal a empresa que gere isto continua a cá vir regar a relva, nem castanhos, porque nenhum dos condóminos se lembrou de levar para ali os seus cãezinhos a passear.
Utilização de elevador:
Normalmente, nunca se dá o caso, sempre chato para a vizinhança, de uma pessoa estar a tentar “puxar” o elevador, enquanto ele se encontra parado num determinado andar, porque a vizinha se lembrou de acampar no elevador, de porta aberta. Aqui foi tudo estrategicamente pensado para não molestar os vizinhos que possam, eventualmente, estar à espera: uma pessoa distrai-se dois segundos a sair do elevador e já está a levar com a porta assassina do mesmo em cima (e é bem feito, para aprender a não chatear os vizinhos!).
Limpeza das escadas e garagem:
Aqui não há o caso da limpeza ser repartida pelos condóminos, ficando uns sujeitos à boa-vontade de outros. Há uma empresa paga para a gestão do condomínio e portanto as escadas estão sempre limpas, assim como a garagem.

Ainda como exemplo de boa-vontade e espírito de partilha, devo também realçar que soube há pouco tempo que o baloiço que se encontra no condomínio, foi lá posto por um dos condóminos, à disposição de todas as crianças do condomínio… Aquele baloiço é coisa aí para uns duzentos euros. Da mesma forma que as bóias e os triciclos e bolas das crianças ficam espalhadas pelo condomínio, para que outras crianças possam usufruir destes brinquedos (ou para que eu possa tropeçar neles, como já aconteceu!) Ora… Onde é que eu já vi isto? Pois… Em lado nenhum. Se fosse na Rinchoa ou no Algueirão, ninguém no seu perfeito juízo pagava duzentos euros para um baloiço da comunidade e além disso, o baloiço disponibilizado pela Câmara, já estaria completamente vandalizado, com partes metálicas a servir de armas de arremesso e arpões!

Mas é claro: como não há bela sem senão, nem existe tal coisa como o paraíso na terra, eu tinha de vir morar para este condomínio. E foi aí que a paz dos meus vizinhos acabou.

Ora, logo quando estava a fazer a mudança, decidi estacionar o meu carro num lugar da garagem que não era o meu, mas que ficava mesmo junto ao elevador do meu prédio, pelo que era sem dúvida o mais adequado para eu deixar o carro, apenas por breves instantes; o tempo de retirar as tralhas do carro, pô-las no elevador e deixá-las em casa. Assim foi. Quando chego cá abaixo (uns quatro a cinco minutos depois), tinha um regalo no vidro da frente do carro, dizendo: “Quando quiser, é favor tirar o carro, para que eu possa pôr o meu”. Pensei logo para com os meus botões: “Bolas, que mau feitio!” Mas hoje compreendo o senhor: isto quando se vive em comunidade a disciplina tem de ser muito estrita!
Noutro dia, em que eu tinha decidido convidar uma amiga minha para cá vir passar o serão, decidimos pôr-nos a cantar Enrique Iglesias (sim, Enrique Iglesias, porque não?!) como se o mundo fosse acabar a qualquer instante. Aquilo vinha-nos tão do fundo da alma, que nos abstraímos completamente do mundo em redor e eu até ponho a hipótese de termos deixado passar a meia noite…. Isto porque, no dia seguinte, tinha um papel na caixa do correio a pedir que por favor não fizesse tanto “barulho” (barulho, vejam bem, chamar barulho a duas vozes como a minha e a da minha amiga!) àquelas horas.
Mais recentemente, e devo dizer que sobre isto tenho sentido alguns remorsos (mas não os suficientes para já ter corrigido a minha acção), como não tenho cadeiras suficientes em casa, decidi “tomar emprestado” um dos bancos que se encontrava no condomínio, aquando de um jantar que fiz cá em casa. Até aqui tudo bem! O mal é que desde esse jantar (que deve ter acontecido em meados de Maio), o banco ficou por cá e agora tem uma data de coisas em cima e fica óptimo como mesa de centro.
Pergunto-me: o que é que será que a vizinhança pensa disto?! Bom, isso não sei, porque nunca cheguei a ir a nenhuma das muitas reuniões de condomínio para as quais a minha presença foi solicitada…
Bom, mas parece que vou ter de me sacrificar pela comunidade e devolver o banco quanto antes, para o bem de todos… Comprometo-me até ao fim do dia de hoje (bem, no máximo até ao fim da semana), a colocar o banco lá em baixo, novamente. Tenho dito!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Voltei... De autocarro com o meu irmão


Voltei a Santiago… E vim de camioneta com o meu irmão mais novo. Pois é exactamente sobre essa “maravilhosa experiência” que foi andar de camioneta com o meu irmão mais novo que vou escrever.
Devo começar por dizer que foi a primeira vez que viemos juntos nesse meio de transporte que é o Expresso e, a bem dizer, espero que seja a última! Isto porque o meu irmão conseguiu ser o pior companheiro de viagem que uma pessoa pode desejar (cheguei a ter saudades do senhor gordo que todos nós acabamos por apanhar num autocarro ou num avião, que ressona de boca aberta e se baba para o nosso lado!)
Começámos por nos instalar nos assentos que se encontram junto à entrada lateral que se situa a meio do veículo. Isto porque eu gosto de conservar uma certa distância do passageiro da frente (a distância higiénica, digamos assim), que não me é permitida em qualquer outro lugar senão aquele. Além disso, também enjoo um pouco se não for nos lugares mesmo colados ao condutor (que se encontravam ocupados) ou num destes, especialmente quando entramos naquela zona de curvas e contra-curvas, onde os senhores condutores adoram acelerar como se não houvesse amanhã, entre o Roncão e Santiago do Cacém. Normalmente chego a casa e fico sempre K.O. no sofá durante uns 15 minutos, devido aos balanços da atribulada viagem. Mas é claro que o meu maninho achou que eu era mesmo era “velha”, comentando “pronto, avózinha, tá bem, como quiser”. Esta atitude dos putos acharem que uma pessoa na casa dos vinte anos é velha, irrita-me sobremaneira!
Depois foi o ar condicionado. Quem anda de Expresso sabe que, por mais calor que esteja lá fora, mesmo no pico de Agosto (que não era o caso, ainda por cima) é impossível não se ter frio dentro do veículo, devido às temperaturas glaciares a que está o ar condicionado e muito especialmente, se a toma de ar condicionado estiver mesmo dirigida à nossa cabeça. Daí eu ter fechado a minha toma de ar… Mas não! Porque o menino achou que eu devia levar com o ar condicionado em cima da tola o caminho todo, pelo que se seguiu uma luta incessante de “Abre-Fecha”.
Claro que o meu irmão foi à janela – o que significou que eu fui num banco junto ao corredor (sempre agradável!) e o apoio para o braço que se encontrava entre os nossos dois bancos foi completamente usurpado por ele, visto que ele tinha que descansar o bracinho, pois não ía para muito tempo que ele tinha caído do skate.
Ah, é claro que também não faltou a brilhante constatação: “Então, mas isto não tem televisão? Não se pode ver um filme?” Não, maninho, isto é apenas uma viagem de 2h que se faz por pouco mais de 10 euros, não se pode exigir muito… (Eu cá já me contentava se não cheirasse tanto a sandes de carne assada e a chulé, mas os putos de hoje em dia querem tudo!)
Por fim, as maçadoras perguntas: “Já chegámos? Quanto tempo é que falta? Estamos lá dentro de 2h (1h45min / 1h40min / 1h30min / 1h15min / 1h00 / …), hã?”
Enfim… Tudo isto fez com que eu tivesse alguma vontade de abrir o meu saco e de o por no compartimento das malas, mas eu sou uma boa irmã e os meus pais podem contar comigo para tratar dele. Por isso, em vez disso, vou só po-lo a fazer a limpeza TODA da casa amanhã!

Super Bock Super Rock - Lisboa (18.Jul.2009)

Ok, de vez em quando temos de dar a mão à palmatória. E eu dou a minha agora, vá!
Eu, que fui ao Super Bock Super Rock, mais por gostar de estar com a minha amiga que me ofereceu o bilhete do que pelas bandas que lá iam actuar, tenho de admitir que o concerto dos The Killers foi muito bom. Afinal, não são só uma cambada de gajos convencidos a pavonear-se (ahah!, este termo fica particularmente bem neste contexto, fazendo dupla alusão ao convencidos que são e às penas do casaco do Brandon Flowers) no palco; afinal, também têm razões para isso!

Obrigada, Catarina.

(E em baixo apresentou-vos o único vídeo que me foi possível fazer…. Aviso já que pára a meio do refrão… Agradeçam ao meu pai que me telefonou nesse preciso momento!)


sábado, 18 de julho de 2009

Todos lhes devem e ninguém lhes paga


Esta terra inspira-me… A sério! Não é preciso esforçar-me muito para, se sair à rua, não me deparar logo com meia dúzia de peripécias sobre as quais me vai apetecer escrever.

Hoje o tema é: as velhas (= senhoras idosas do nosso país, de dimensões normalmente avantajadas, com cara de poucos amigos e que reagem a tudo como se todos lhes devessem e ninguém lhes pagasse, por melhor que sejam as intenções de uma pessoa).

Pois, a verdade é que eu nutro um ódio de estimação por este “espécimen”.

Estas queridas senhoras, caracterizam-se por se plantarem à porta de bancos, postos médicos, correios, farmácias e repartição das finanças à hora de abertura, hora de almoço e por vezes hora de fecho dos mesmos estabelecimentos. E o mais engraçado: apesar de terem o dia inteiro para se dirigirem a estes serviços, é naquele preciso momento em que a pessoa está na fila do banco, correios ou repartição das finanças, com 20 minutos para tratar daquele único assunto que não pode ser tratado por internet e ainda almoçar alguma coisa antes de ir a correr para o trabalho, que as ditas senhoras têm sempre um caso inédito e de difícil resolução, entupindo os estabelecimentos e atrasando uma dezena de pessoas – que, à beira de um ataque de nervos, acabam por muitas vezes desistir e ter de lá voltar depois.

Quando num posto médico, são sempre as primeiras a ser atendidas, porque, independentemente de trazerem senha e o número da senha ser posterior ao nosso, são por regra diabéticas e por isso têm sempre prioridade. Eu acho muito bem que as pessoas diabéticas passem à frente, a mim o que me custa a crer é que todas estas lindas senhoras o sejam ou que esperar dez minutos pela sua vez, lhes faça pior ao pâncreas do que os bolinhos de manteiga que depois vão enfardar com as amigas para a pastelaria.

Nos transportes, o olhar reprovador e fulminante destas senhoras, caso uma pessoa não se levante de um salto para lhes ceder o seu lugar, também denuncía o respeito que têm pelo cidadão comum. Mas não se ficam pelo olhar (não!): se por acaso alguma alminha não se levantar para que Suas Excelências ocupem o lugar, é logo brindada com comentários refinados, citando sempre o “degredo” das gerações mais novas (“já não há respeito como antigamente”, “no meu tempo é que era”, “onde é que já se viu”!).

Mesmo que haja um lugar desocupado, há ainda a possibilidade de, caso esse lugar esteja ao nosso lado, a senhora se sentar, ocupando o lugar dela e metade do nosso e ainda olhar para nós, com cara de poucos amigos, como quem diz: “Então?, chegue-se para lá!”

Frequente é também ouvi-las tecer comentários variados, sempre muito simpáticos, sobre a vida dos outros ou sobre as escolhas alheias: “olha para aquela porcalhona desavergonhada, toda provocadora” (sobre a rapariga perfeitamente normal que teve a “desfaçatez” de escolher uma mini-saia perfeitamente normal para usar num dia de Verão perfeitamente normal). Aliás, não se ficam pelos comentários; ao que parece é comum no circuito destas senhoras, catalogar as pessoas por aquilo que vestem e aparentam. Soube de fonte segura que algumas simpáticas senhoras pensam que o meu namorado, aluno finalista de um curso de engenharia no Instituto Superior Técnico e um exemplo vivo de boa vontade, simpatia, respeito pelo próximo e sensatez, é “drógado”, pelo facto de gostar de se vestir com calças ao fundo do rabo!

E depois é vê-las ao domingo (sim, que eu também vou à missa ao domingo), a zelar pelos seus pecados, todas na missinha das 12h00 e depois na das 19h00… Mas é sol de pouca dura: à saída, se for preciso já se estão a acotovelar para ver quem sai primeiro e a bater com a bengala naquele jovem que não sai da frente porque tem mais uma centena de pessoas à sua frente a tentar sair da igreja, como ele…

Ora e perguntam vocês: porque é que eu me lembrei de escrever sobre este complexo tema? Porque justamente hoje, depois de ir buscar uma encomenda ao correio, uma senhora prostrou-se à frente do meu carro, fora da passadeira, atravessando como se não houvesse amanhã, pois que isto já se sabe que as ruas são todas delas! Eu travei e fiquei a vê-la passar, com toda a paciência e boa vontade do mundo. Acham que me agradeceu ou coisa que o valha? Nem pensar nisso! Ainda olhou para dentro do carro com ar ameaçador e autoritário, lá do alto da sua arrogância. A sério que me apeteceu abrir a janela e perguntar:

“Se não, o que é que faz? Dá-me com a bengala?! Mas olhe que eu corro mais que a senhora e além disso estou de carro. Faz queixa de mim ao Senhor Agente da Autoridade? Mas olhe que a senhora é que está a atravessar fora da passadeira!”

Mas será que não há ninguém que explique a estas senhoras que o respeito deve ser bilateral? Que as respeitamos enquanto cidadãs; que ser velha não é nenhum estatuto superior que se adquire e que o facto de serem idosas, mal-humoradas e terem uma barriga maior que a minha não lhes confere mais direitos que aos demais cidadãos, nomeadamente o de não respeitarem as outras pessoas?

Bem, já sabem, se eu for idosa, assim como as minhas duas avós, que embora idosas nunca foram velhas, tratem-me com carinho e amor, mas se algum dia eu for velha, façam o favor à sociedade de me despejar no primeiro lar que encontrarem!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Spa caseiro


Em tempos de crise, nada melhor do que usar o “engenho e arte” para ultrapassar as adversidades. Assim, a todos os que não têm um Centro de Spa ao pé de casa com massagens de relaxamento de 1 hora a 35€ (Centro Body Secrets em Santiago), ou aos que, mesmo dispondo destas facilidades, se encontrem em período de forte contenção de custos devido à crise económica global e suas repercussões (que é o meu caso!), e que ainda assim não dispensem certos luxos (que sendo luxos, são imprescindíveis para o conforto e bem-estar de qualquer individuo que se preze!), aconselho aquilo que eu mesma intitulei de “Spa caseiro”.
Olarilas! À venda em qualquer supermercado pela módica quantia de 4€, mais coisa menos coisa, podemos encontrar a embalagem de 500 ml de gel de banho Palmolive – Thermal SPA (Massage).
E passo a citar a descrição que se encontra no verso da embalagem de dito produto:
“Entregue-se à sensação de bem-estar de uma experiência termal, com Palmolive Gel de Duche. A sua fórmula de cuidado, contendo minerais de origem termal, argila branca e micro-esferas, tem uma suave acção esfoliante que deixa a sua pele suave, macia e cheia de vitalidade.”
E não é que é mesmo verdade?! Para mim, além de todos os efeitos super-espectaculares descritos no verso da embalagem, tem também um efeito aromaterapêutico, uma vez que o aroma deste Gel me transporta para o final da minha estadia em Madrid – que foi o último momento em que o comprei -, quando tinha acabado o malogrado Mestrado em Petroquímica, já tinha trabalho, e ainda acreditava que o céu era azul, que a vida era bela e que o Pai Natal, efectivamente, existia.
Para os mais cépticos, aconselho o reforço da ideia de Spa caseiro mediante colocação de velas (não necessariamente aromáticas) na borda da banheira e apagar as luzes eléctricas, de forma a deixar a casa de banho à meia-luz. É obvio que todo este processo deve ser antecedido de uma Análise de Risco, por escrito. (Quando tiverem os cortinados queimados, não digam que eu não avisei!)
Quem tiver banheira de hidromassagem (eu tenho, roam-se para aí de inveja!), pode sempre complementar a sessão de Spa com uma sessão de hidroterapia. Quem não tem... Epah… Pois, eu até tenho umas ideias, mas não quero ser brejeira! (Com certeza, com imaginação, também lá chegam!)

terça-feira, 14 de julho de 2009

Santiago do Cacém na berlinda...

O concelho de Santiago do Cacém está outra vez na berlinda... Cada vez mais reforço as minhas suspeitas de que vivo no centro do mundo! E isso tendo em conta que já dei a volta à Europa; já vivi em Lisboa, Madrid e Lyon... (Bem, para os mais preciosistas, vivi nos arredores...)
Ao que parece somos líderes em Portugal: somos, nada mais nada menos, que o concelho com mais suicídios registados durante um ano, exactamente 48 suicídios. (Serão 49 ainda hoje, se o Sr. Presidente da Câmara ainda vir o meu post antes da meia noite!)
Tanto quanto pude apurar, este fenómeno estende-se um pouco por todas as faixas etárias, estando o "grupo de risco" situado na faixa dos 25 aos 81 anos (Pânico: oh meu Deus, estou no grupo de risco! Pensando bem, com tal abrangência, difícil é não o estar...)
A minha pergunta é: PORQUE SERÁ????
Eu tenho para mim que o stress desta vida citadina de Santiago não faz bem a ninguém...

sábado, 11 de julho de 2009

Hey, tá aí alguém???

Elá! Sim senhor, quatro comentários, hein? Afinal sempre parece que está aí alguém!!!

Tudo o que eu te queria dizer (mas nunca há tempo)

Passam-se dias, semanas, meses, anos.
O tempo foge-nos por entre os dedos, como areia seca. O tempo passa, para ti, para mim, para nós. Tu aí e eu aqui. Sete dias da semana, em que apenas te encontro de fugida por um período escasso de um dia e meio. Um dia e meio ao qual subtraímos o tempo do jantar com os meus pais, o almoço com os teus pais, a ida a casa do avô paterno, o lanche com a avó materna, as três horas de aulas de inglês, visitar a vizinha de baixo que esteve quase à morte no hospital mas graças a Deus voltou, ouvir o resumo da semana dos noticiários dos quatro canais (pela boca do teu pai e depois do meu) e ainda estar com os amigos, os mais próximos e aqueles que já não víamos há anos, que já se sabe que a amizade é a melhor coisa do mundo e há que cultivar esse valor (sempre que possível!).
Nisto tudo, se chegamos a estar efectivamente sozinhos um com o outro e um para o outro durante dez minutos do dia e meio da semana que nos seria supostamente reservado, é uma sorte!
Mas foi sempre assim: primeiro eu tinha de estudar, depois eu tinha de trabalhar (na Telepizza do Feira Nova, enquanto tu te sentavas com os livros abertos numa mesa em frente ao vidro, através do qual me podias observar) para arranjar uns trocos, a seguir eu tinha de ajudar os pobrezinhos ao domingo porque eles também merecem, depois foi o projecto de fim de curso e três dias depois de o acabar fui para França durante seis meses, depois eu vim de França e na semana a seguir fui para Espanha, depois fui para Sines e a seguir para Santiago… Chegaram as férias, mas o tempo estava óptimo para a praia e a minha casa encheu-se de gente. As minhas férias acabaram, mas tu continuaste cá, porque as tuas ainda continuavam, mas eu tinha de entregar o relatório, e por isso fiquei na empresa até às 23h00, noutro dia foi a reunião até às 20h00, e mais outro relatório e a seguir preparar os test-runs na fábrica… E as tuas férias acabaram.
Fiquei outra vez sozinha. E tu sozinho. Eu aqui. E tu aí.
Agora eu vim para casa e estou de lay-off; o projecto onde eu estava a trabalhar, parou. As aulas de inglês, acabaram. Os cursos de Verão que eu poderia fazer neste tempo, ou já começaram ou estão a acabar. Os amigos estão a trabalhar, os avós estão de férias, os pais estão ocupados. Tenho a vida em stand-by e pela primeira vez tenho tempo. Mas por ironia do destino, agora estás tu ocupado, a estudar, a acabar o curso…
(Facto curioso: enquanto te escrevo este texto, telefonas-me e despacho-te a 200 à hora porque estou a escrever um texto!)
E assim se passaram quase sete anos. Durante esse tempo, eu vivi a minha vida e tu a tua. É certo que fomos sendo espectadores da vida um do outro (eu da tua e tu da minha), mas não sei se alguma vez tivemos tempo de viver a nossa vida.
E ao fim deste tempo, não estou segura de te ter dito tudo o que te queria dizer, porque nunca há tempo…
De qualquer das formas, e como nunca temos tempo, deixo-te aqui uma pequena nota, para que não te esqueças dessa conversa que um dia haveremos de ter: Amo-te.
(Ao que parece, este blog é apenas frequentado por ti e por mim, por isso não te iludas, pensando que este texto é uma grande dedicatória em público, em frente a milhões de leitores atentos, porque na realidade estamos aqui sozinhos! Queres uma prova: Hey, malta, quero ouvir essas palmas… Vamos lá, bracinhos no ar! Ouviste ou reparaste nalguma coisa? Vês, eu bem te disse: estamos sozinhos!)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

É oficial...

Machos Latinos

Hoje esperava uma carta importante e por isso não pude entrar em casa sem antes espreitar o correio. A publicidade amontoava-se na caixa. Impressionante! Um dia sem espreitar o correio e é logo isto! Cinco catálogos publicitários, mas nenhuma carta, muito menos importante. Peguei na papelada toda e subi o elevador com as duas mãos atolhadas em lixo publicitário. Mais uma vez lamentei não ter ainda colado o papel que se encontra há meses em cima da minha secretária (“Publicidade? Aqui não, obrigado!”). No meio daquele monte, algo me despertou a atenção… Na página de rosto dessa fantástica publicação literária que é a Dica da semana, podia ler-se, como tablóide: “Homens portugueses fazem cada vez mais depilação”.
E continuava assim: “Com lâmina, com creme ou até mesmo a laser e luz pulsada, a verdade é que existem cada vez mais homens a aderir à depilação, em especial nesta época do ano em que o calor aperta (…).” O pequeno excerto remetia também para o artigo mais detalhado que se encontrava no interior da Dica, que não cheguei a ler. Bom, fazendo minhas as palavras que constituem o slogan da referida publicação, “é sempre bom saber.” Quem não vai gostar nada de saber isto é o meu mais-que-tudo que veio ao mundo para ser um verdadeiro macho latino: moreno, de pelagem longa e cerrada!
Este artigo fez-me recordar um episódio que se passou mais ou menos por esta altura, no ano passado, aquando do inicio da época balnear. O meu estimado namorado, pediu-me que o ajudasse nessa importante e hercúlea missão que era depilar as suas costas. Sugeri que o fizesse com Veet, para peles sensíveis (sim, que o de peles sensíveis, com aloé vera, é para deixar a pele dos homens suave e hidratada, uma vez que como se sabe, os gajos têm muito menos resistência à dor que as gajas). Mas ele parecia determinado a usar as bandas depilatórias de cera, que eu tinha comprado para depilar as minhas pernas. Tentei adverti-lo previamente dos problemas associados ao uso da cera, mas sem efeito. “Se é para tirar os pelos, é melhor a cera, que ao menos não crescem outra vez tão cedo! Oh, isso não custa nada.”, disse-me, decidido. Ok, querido, tu mandas! E foi assim que o meu mais-que-tudo percebeu, mais uma vez, que deve dar ouvidos à voz da experiência, tendo jurado para nunca mais repetir a experiência de “quase-morte” que foi para ele a depilação a cera. Aliás, foi tal o trauma, que só consegui colocar-lhe duas bandas nas costas, tendo ficado com dois rectângulos perfeitamente isentos de pelos, no meio do vasto matagal da zona lombar! E que ainda por cima, ficaram vermelhos e cheios de borbulhas, porque o menino fez alergia às bandas.
Por isso as minhas palavras de alento vão para ti, meu querido: podes sempre vir para o Alentejo, onde ainda não chegou esta moda de os homens tirarem os pelos, a julgar pelos fartos bigodes de todos os homens que querem ser respeitados nesta terra! Aqui vais ser alguém!
E para que conste: eu gosto!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Primeira vez

Primeira vez. O meu blog. Finalmente!
Estou sentada diante de um computador e o cursor intermitente, pisca, à espera de palavras, de um mundo novo; à minha espera.
Mordo o lábio inferior; aperto uma mão com a outra; pego numa mecha de cabelo e enrolo-a por entre os dedos; cruzo e descruzo as pernas; ajeito-me na cadeira...
Repito para mim que tenho um blog, finalmente! Que mesmo sendo um blog tardio, que chega depois da moda dos blogs, em tons cor de rosa, quiçá algo pirosos, é o MEU blog!
O cursor pisca insistentemente. As palavras custam a sair. Mas é a primeira vez - convenço-me -, a partir daqui, as coisas só podem melhorar!