Amanhã vou levar o meu Popi à inspecção e, a propósito disso, lembrei-me de partilhar com os meus caríssimos leitores uma das coisas mais suis-generis que encontrei por este Alentejo, que foi exactamente o facto de ter encontrado um mecânico honesto, simpático e bem formado, sem a mania que as mulheres não percebem nada de carros e só levam o carro à oficina quando este já não anda… Sim, caríssimos amigos e amigas, eu garanto-vos, ELE EXISTE! E isso mais que justifica o título deste meu post: Sr. Carlos, um mecânico (talvez o único no mundo) à maneira.
Pois… Tudo começou há cerca de dois anos e meio atrás, quando eu ainda vivia em Sines. De um momento para o outro, o pneu dianteiro do lado direito, começou, sem mais nem porquê, a aparecer constantemente “em baixo”. Nessa altura, tempo das vacas gordas, ainda eu levava o meu carrinho todos os fins-de-semana para Lisboa e não era raro, depois da viagem, à sexta-feira, lá estar eu à porta de uma qualquer oficina de Lisboa que ainda estivesse aberta àquelas horas, solicitando a reparação do pneu. É claro que era logo brindada com comentários simpáticos dos senhores mecânicos (“pois, isto já se sabe, enquanto andar para a frente, não interessa ver a pressão dos pneus” ou “sabe que isto é preciso ter cuidado com os estacionamentos e com os passeios” ou ainda “pois, teve muita sorte em não ter tido nenhum acidente com um pneu destes e em estarmos abertos a esta hora” e blá, blá, blá de mecânicos). A verdade é que, graças a este pneuzinho, que andava sempre a fazer das suas, aprendi, pelo número de vezes que o fiz, a mudar um pneu com destreza - incluindo aquela parte de colocação do macaco e tudo – coisa que muito bom homem que para aí anda, não faz! Enquanto às minhas idas às oficinas de Lisboa, além de 5€ que larguei repetidas vezes para encherem o mesmo pneu (que, garantiam, não estava furado/rebentado) e dos comentários jocosos, pouco mais aqueles senhores fizeram.
Eis senão quando, o mesmo incidente (esvaziamento súbito do pneu) sucede, desta feita, em Sines. De imediato procurei uma oficina e levei lá o carro. E este foi o meu primeiro contacto com o Sr. Carlos. O Sr. Carlos foi extremamente simpático, mostrando compreensão para com a situação, e, pelo facto de não ter emitido comentários sarcástico-machisto-jocosos, marcou logo aí uns 10 pontos na minha consideração. Além disso, foi o único que me conseguiu resolver o problema: afinal, o problema não estava no pneu, mas sim na jante, que estava torta - desde que eu tinha batido com ela num passeio! -, pelo que o pneu, inevitavelmente “descolava”, esvaziando. Com paciência de alentejano, o Sr.Carlos, lá esteve a endireitar a jante e guess what?! Não voltei a ter chatices por causa daquele pneu/jante. Além disso, também encheu o pneu e o mais engraçado é que não me levou dinheiro nenhum.
Mais tarde, voltei a ir à oficina porque tinha rebentado um pneu. No entanto, em casa dos meus pais (Sintra), tinha pneus sobressalentes e por isso o Sr. Carlos, em vez de se armar em xico-espertinho e cobrar-me logo a substituição de um pneu por um novo, emprestou-me um dos que tinha na oficina, para que eu conseguisse realizar a viagem até Sintra e pudesse trazer, na segunda-feira seguinte, um dos pneus sobressalentes para substituir. Assim, a despesa, que poderia ter ficado em 70€, ficou em 5€. Muito contente com a poupança que tinha acabado de conseguir, vou eu a sair da oficina, ainda a acenar ao Sr. Carlos e “obrigada, obrigada”, quando, sem dar por isso, embati num jipe que se encontrava mesmo a bloquear a saída, amolgando a porta traseira esquerda. Aselhices destas não me costumam acontecer frequentemente (a sério que não!), mas é sempre embaraçoso, porque uma pessoa já se está a passar por ter batido noutro carro e depois ainda por cima em frente a um mecânico, que já por si costumam ter aquela ideia de que as mulheres são umas nabiças ao volante. Mas daquela vez foi diferente! Lembro-me como se fosse hoje, de tão comovente que foi: o Sr. Carlos, muito calmamente, apenas me disse: “chegue lá aqui o carro outra vez” e pegou numa peça que fazia vácuo e “desamolgou” a porta, sem, mais uma vez, cobrar um cêntimo por isso. Também o dono do jipe, acabou por dizer “que não era nada”, talvez, sabe Deus, ainda sob o efeito das boas vibrações emitidas por aquele Santo Mecânico que é o Sr.Carlos!!!
Outra vez, tinha o meu carro 126 mil quilómetros, alguém me falou de uma coisa, que eu até então desconhecia, chamada “correia de distribuição”. Pois é, ao que parecia, era sempre uma despesa enorme mudar a correia (para cima de 500 €) e ai que tu já devias ter mudado isso há pelo menos 30 mil quilómetros, e se não a mudas podes dizer adeus ao carrinho, que mais vale metê-lo na sucata, patati, patatá… Lá fui eu de novo levar o carro à oficina onde trabalha o Sr. Carlos. Primeiro aspecto revelador de grande honestidade: não fez nada ao carro, sem antes me dar um orçamento (400€ para mudança da correia de distribuição, óleo e filtros, alinhamento da direcção e mais uma série de tretas que já nem me lembro). Quando dei o meu OK, lá avançou. Surpresa deveras agradável: quando lá cheguei, paguei quase menos 100€ do que o valor previsto pelo orçamento e além disso o Sr. Carlos ainda tinha reparado uma peça no pedal do travão (a partir daí as minhas travagens foram muito mais suaves!)… Ou seja, e isto é que é o inédito: fez mais do que se comprometeu a fazer, por menos dinheiro do que aquele que se propôs levar. (O normal é levarmos o carro ao mecânico e quando lá chegamos temos uma conta para cima de 700€, sabe-se lá bem por que raio, se só tínhamos pedido para alinhar a direcção, não é assim?). Além disso, tinha lá as pecinhas todas substituídas e a correia antiga, para me mostrar a mim, super-entendida no assunto (!!!), a necessidade de mudança das mesmas. Sim, amigos mecânicos, que as mulheres não são todas burrinhas, ‘tá bem? E válvulas, flanges, juntas, orifícios calibrados, correias, bielas e cambotas, TRATO EU POR “TU”! É bom não esquecer, que eu trabalho numa fábrica, ok?!
Outra coisa: o Sr. Carlos não faz algo que me irrita solemente: a típica mania de dar dois preços, um com factura e outro sem factura. Então mas os senhores mecânicos não sabem que têm de pagar IRS como os demais cidadãos para exercer a sua actividade, hem?! Ali com o Sr. Carlos o preço é SEMPRE como manda a lei, porque este senhor compreende que, apesar de ter um estatuto diferente dos demais cidadãos, devido à sua profissão – que lhe permite, entre outras coisas, ter calendários da Pirelli no estabelecimento! -, a lei é para todos e não apenas para quem trabalha por conta de outrem e tem retenção na fonte.
Por isso deixo aqui o meu bem-haja ao Sr. Carlos, que me faz acreditar que ainda há pessoas de bem neste país, que mais do que quererem o nosso dinheirinho que nos custa tanto a ganhar, são um exemplo vivo do conceito de “Orientação para o Cliente”.
Aos outros mecânicos, e em especial a esses que me atenderam em oficinas de Lisboa e bem se marimbaram para a problemática do meu pneu e para as minhas observações (“mas olhe que eu ainda ontem vi a pressão do pneu”, “mas tem a certeza de que é do pneu?, ainda a semana passada me aconteceu o mesmo”, …), aqui vos deixo uma mensagem: arranquem os calendários pornográficos das paredes, deixem de olhar de soslaio - mas ainda assim com ar babado - para os atributos de uma mulher, pensando que ela não nota, porque ela nota e nota bem, deixem de cobrar as peças que não substituíram e as horas que não passaram a arranjar o nosso carro, lavem as mãos quando passam recibos, passem recibos e deixem-se de comentários e piadas sexistas, porque isso já perdeu a piada para aí, pelo menos, pelo menos, desde os anos 80 (que foi quando eu nasci).
(Ah, e mais uma coisa: a partir de agora vão ter concorrência, porque eu vou fazer aquilo que se faz quando se é bem atendido num estabelecimento - uma das razões para existir o conceito de “Orientação para o Cliente”-, que é exactamente PUBLICIDADE GRÁTIS ao Sr. Carlos e à sua oficina!)
Caríssimos leitores, e sobretudo caríssimas leitoras, a experiência de levar o carro à oficina deixou de ser, para mim, aquela coisa dolorosa tipo ir ao dentista arrancar ou desvitalizar um dente…
Amanhã vou levar o carro à revisão/inspecção (sim, que o Sr. Carlos faz o favor de o levar à inspecção, evitando-me o transtorno). E vou poder dormir descansada.
Já sabem: Sr. Carlos, Sines, Auto Litoral Alentejano.
Tenho dito.
Pois… Tudo começou há cerca de dois anos e meio atrás, quando eu ainda vivia em Sines. De um momento para o outro, o pneu dianteiro do lado direito, começou, sem mais nem porquê, a aparecer constantemente “em baixo”. Nessa altura, tempo das vacas gordas, ainda eu levava o meu carrinho todos os fins-de-semana para Lisboa e não era raro, depois da viagem, à sexta-feira, lá estar eu à porta de uma qualquer oficina de Lisboa que ainda estivesse aberta àquelas horas, solicitando a reparação do pneu. É claro que era logo brindada com comentários simpáticos dos senhores mecânicos (“pois, isto já se sabe, enquanto andar para a frente, não interessa ver a pressão dos pneus” ou “sabe que isto é preciso ter cuidado com os estacionamentos e com os passeios” ou ainda “pois, teve muita sorte em não ter tido nenhum acidente com um pneu destes e em estarmos abertos a esta hora” e blá, blá, blá de mecânicos). A verdade é que, graças a este pneuzinho, que andava sempre a fazer das suas, aprendi, pelo número de vezes que o fiz, a mudar um pneu com destreza - incluindo aquela parte de colocação do macaco e tudo – coisa que muito bom homem que para aí anda, não faz! Enquanto às minhas idas às oficinas de Lisboa, além de 5€ que larguei repetidas vezes para encherem o mesmo pneu (que, garantiam, não estava furado/rebentado) e dos comentários jocosos, pouco mais aqueles senhores fizeram.
Eis senão quando, o mesmo incidente (esvaziamento súbito do pneu) sucede, desta feita, em Sines. De imediato procurei uma oficina e levei lá o carro. E este foi o meu primeiro contacto com o Sr. Carlos. O Sr. Carlos foi extremamente simpático, mostrando compreensão para com a situação, e, pelo facto de não ter emitido comentários sarcástico-machisto-jocosos, marcou logo aí uns 10 pontos na minha consideração. Além disso, foi o único que me conseguiu resolver o problema: afinal, o problema não estava no pneu, mas sim na jante, que estava torta - desde que eu tinha batido com ela num passeio! -, pelo que o pneu, inevitavelmente “descolava”, esvaziando. Com paciência de alentejano, o Sr.Carlos, lá esteve a endireitar a jante e guess what?! Não voltei a ter chatices por causa daquele pneu/jante. Além disso, também encheu o pneu e o mais engraçado é que não me levou dinheiro nenhum.
Mais tarde, voltei a ir à oficina porque tinha rebentado um pneu. No entanto, em casa dos meus pais (Sintra), tinha pneus sobressalentes e por isso o Sr. Carlos, em vez de se armar em xico-espertinho e cobrar-me logo a substituição de um pneu por um novo, emprestou-me um dos que tinha na oficina, para que eu conseguisse realizar a viagem até Sintra e pudesse trazer, na segunda-feira seguinte, um dos pneus sobressalentes para substituir. Assim, a despesa, que poderia ter ficado em 70€, ficou em 5€. Muito contente com a poupança que tinha acabado de conseguir, vou eu a sair da oficina, ainda a acenar ao Sr. Carlos e “obrigada, obrigada”, quando, sem dar por isso, embati num jipe que se encontrava mesmo a bloquear a saída, amolgando a porta traseira esquerda. Aselhices destas não me costumam acontecer frequentemente (a sério que não!), mas é sempre embaraçoso, porque uma pessoa já se está a passar por ter batido noutro carro e depois ainda por cima em frente a um mecânico, que já por si costumam ter aquela ideia de que as mulheres são umas nabiças ao volante. Mas daquela vez foi diferente! Lembro-me como se fosse hoje, de tão comovente que foi: o Sr. Carlos, muito calmamente, apenas me disse: “chegue lá aqui o carro outra vez” e pegou numa peça que fazia vácuo e “desamolgou” a porta, sem, mais uma vez, cobrar um cêntimo por isso. Também o dono do jipe, acabou por dizer “que não era nada”, talvez, sabe Deus, ainda sob o efeito das boas vibrações emitidas por aquele Santo Mecânico que é o Sr.Carlos!!!
Outra vez, tinha o meu carro 126 mil quilómetros, alguém me falou de uma coisa, que eu até então desconhecia, chamada “correia de distribuição”. Pois é, ao que parecia, era sempre uma despesa enorme mudar a correia (para cima de 500 €) e ai que tu já devias ter mudado isso há pelo menos 30 mil quilómetros, e se não a mudas podes dizer adeus ao carrinho, que mais vale metê-lo na sucata, patati, patatá… Lá fui eu de novo levar o carro à oficina onde trabalha o Sr. Carlos. Primeiro aspecto revelador de grande honestidade: não fez nada ao carro, sem antes me dar um orçamento (400€ para mudança da correia de distribuição, óleo e filtros, alinhamento da direcção e mais uma série de tretas que já nem me lembro). Quando dei o meu OK, lá avançou. Surpresa deveras agradável: quando lá cheguei, paguei quase menos 100€ do que o valor previsto pelo orçamento e além disso o Sr. Carlos ainda tinha reparado uma peça no pedal do travão (a partir daí as minhas travagens foram muito mais suaves!)… Ou seja, e isto é que é o inédito: fez mais do que se comprometeu a fazer, por menos dinheiro do que aquele que se propôs levar. (O normal é levarmos o carro ao mecânico e quando lá chegamos temos uma conta para cima de 700€, sabe-se lá bem por que raio, se só tínhamos pedido para alinhar a direcção, não é assim?). Além disso, tinha lá as pecinhas todas substituídas e a correia antiga, para me mostrar a mim, super-entendida no assunto (!!!), a necessidade de mudança das mesmas. Sim, amigos mecânicos, que as mulheres não são todas burrinhas, ‘tá bem? E válvulas, flanges, juntas, orifícios calibrados, correias, bielas e cambotas, TRATO EU POR “TU”! É bom não esquecer, que eu trabalho numa fábrica, ok?!
Outra coisa: o Sr. Carlos não faz algo que me irrita solemente: a típica mania de dar dois preços, um com factura e outro sem factura. Então mas os senhores mecânicos não sabem que têm de pagar IRS como os demais cidadãos para exercer a sua actividade, hem?! Ali com o Sr. Carlos o preço é SEMPRE como manda a lei, porque este senhor compreende que, apesar de ter um estatuto diferente dos demais cidadãos, devido à sua profissão – que lhe permite, entre outras coisas, ter calendários da Pirelli no estabelecimento! -, a lei é para todos e não apenas para quem trabalha por conta de outrem e tem retenção na fonte.
Por isso deixo aqui o meu bem-haja ao Sr. Carlos, que me faz acreditar que ainda há pessoas de bem neste país, que mais do que quererem o nosso dinheirinho que nos custa tanto a ganhar, são um exemplo vivo do conceito de “Orientação para o Cliente”.
Aos outros mecânicos, e em especial a esses que me atenderam em oficinas de Lisboa e bem se marimbaram para a problemática do meu pneu e para as minhas observações (“mas olhe que eu ainda ontem vi a pressão do pneu”, “mas tem a certeza de que é do pneu?, ainda a semana passada me aconteceu o mesmo”, …), aqui vos deixo uma mensagem: arranquem os calendários pornográficos das paredes, deixem de olhar de soslaio - mas ainda assim com ar babado - para os atributos de uma mulher, pensando que ela não nota, porque ela nota e nota bem, deixem de cobrar as peças que não substituíram e as horas que não passaram a arranjar o nosso carro, lavem as mãos quando passam recibos, passem recibos e deixem-se de comentários e piadas sexistas, porque isso já perdeu a piada para aí, pelo menos, pelo menos, desde os anos 80 (que foi quando eu nasci).
(Ah, e mais uma coisa: a partir de agora vão ter concorrência, porque eu vou fazer aquilo que se faz quando se é bem atendido num estabelecimento - uma das razões para existir o conceito de “Orientação para o Cliente”-, que é exactamente PUBLICIDADE GRÁTIS ao Sr. Carlos e à sua oficina!)
Caríssimos leitores, e sobretudo caríssimas leitoras, a experiência de levar o carro à oficina deixou de ser, para mim, aquela coisa dolorosa tipo ir ao dentista arrancar ou desvitalizar um dente…
Amanhã vou levar o carro à revisão/inspecção (sim, que o Sr. Carlos faz o favor de o levar à inspecção, evitando-me o transtorno). E vou poder dormir descansada.
Já sabem: Sr. Carlos, Sines, Auto Litoral Alentejano.
Tenho dito.
Sim senhor, GOSTEI:)
ResponderEliminarPor melhor que seja esse mecânico, lamento, mas não me ganhou como Cliente, por duas razões:
1- Sines é muito longe
2- Não tenho Carro
Cara Rita Leyoff.É justo o reconhecimento que V.Exªexpressa no seu (assaz longo)"manifesto" perante o profissionalismo e seriedade do sr.Carlos.Mas é injusto não tecer o mais pequeno elogio ao CÉREBRO que a alertou para a
ResponderEliminarexistência da correia de distribuição e seus
nefastos efeitos (caso não seja substituída)e que foi cá o JE!
ANDRÉ´s FATHER
Olá Ana! Benvinda de novo! Pensava que tinhas "emigrado" do meu blog!!! :P Bom, se o teu primeiro motivo podia ser contestado, definitivamente convenceste-me com o segundo motivo. Sua... sua... Sortuda! Gostava eu de não ter carro como tu! Beijocas
ResponderEliminarSr. André's Father: Eu até lhe podia dizer que sim, que foi o primeiro a falar-me da correia de distribuição e até o faço, se ficar feliz, mas na realidade, o Sr. foi apenas uma das quinhentas pessoas que me alertaram para o problema. De todas formas, OBRIGADA!
Vê lá se lhe dás uma agendazinha no Natal ou um miminho desse estilo. Esse anjo merece!
ResponderEliminarÉ verdade sim sr!!!
ResponderEliminarO xôr Carlos é uma joia de mecanico!!!