segunda-feira, 20 de julho de 2009

Voltei... De autocarro com o meu irmão


Voltei a Santiago… E vim de camioneta com o meu irmão mais novo. Pois é exactamente sobre essa “maravilhosa experiência” que foi andar de camioneta com o meu irmão mais novo que vou escrever.
Devo começar por dizer que foi a primeira vez que viemos juntos nesse meio de transporte que é o Expresso e, a bem dizer, espero que seja a última! Isto porque o meu irmão conseguiu ser o pior companheiro de viagem que uma pessoa pode desejar (cheguei a ter saudades do senhor gordo que todos nós acabamos por apanhar num autocarro ou num avião, que ressona de boca aberta e se baba para o nosso lado!)
Começámos por nos instalar nos assentos que se encontram junto à entrada lateral que se situa a meio do veículo. Isto porque eu gosto de conservar uma certa distância do passageiro da frente (a distância higiénica, digamos assim), que não me é permitida em qualquer outro lugar senão aquele. Além disso, também enjoo um pouco se não for nos lugares mesmo colados ao condutor (que se encontravam ocupados) ou num destes, especialmente quando entramos naquela zona de curvas e contra-curvas, onde os senhores condutores adoram acelerar como se não houvesse amanhã, entre o Roncão e Santiago do Cacém. Normalmente chego a casa e fico sempre K.O. no sofá durante uns 15 minutos, devido aos balanços da atribulada viagem. Mas é claro que o meu maninho achou que eu era mesmo era “velha”, comentando “pronto, avózinha, tá bem, como quiser”. Esta atitude dos putos acharem que uma pessoa na casa dos vinte anos é velha, irrita-me sobremaneira!
Depois foi o ar condicionado. Quem anda de Expresso sabe que, por mais calor que esteja lá fora, mesmo no pico de Agosto (que não era o caso, ainda por cima) é impossível não se ter frio dentro do veículo, devido às temperaturas glaciares a que está o ar condicionado e muito especialmente, se a toma de ar condicionado estiver mesmo dirigida à nossa cabeça. Daí eu ter fechado a minha toma de ar… Mas não! Porque o menino achou que eu devia levar com o ar condicionado em cima da tola o caminho todo, pelo que se seguiu uma luta incessante de “Abre-Fecha”.
Claro que o meu irmão foi à janela – o que significou que eu fui num banco junto ao corredor (sempre agradável!) e o apoio para o braço que se encontrava entre os nossos dois bancos foi completamente usurpado por ele, visto que ele tinha que descansar o bracinho, pois não ía para muito tempo que ele tinha caído do skate.
Ah, é claro que também não faltou a brilhante constatação: “Então, mas isto não tem televisão? Não se pode ver um filme?” Não, maninho, isto é apenas uma viagem de 2h que se faz por pouco mais de 10 euros, não se pode exigir muito… (Eu cá já me contentava se não cheirasse tanto a sandes de carne assada e a chulé, mas os putos de hoje em dia querem tudo!)
Por fim, as maçadoras perguntas: “Já chegámos? Quanto tempo é que falta? Estamos lá dentro de 2h (1h45min / 1h40min / 1h30min / 1h15min / 1h00 / …), hã?”
Enfim… Tudo isto fez com que eu tivesse alguma vontade de abrir o meu saco e de o por no compartimento das malas, mas eu sou uma boa irmã e os meus pais podem contar comigo para tratar dele. Por isso, em vez disso, vou só po-lo a fazer a limpeza TODA da casa amanhã!

2 comentários:

  1. Bem-vinda à blogosfera!!! Estou a adorar! Principalmente de saber que o André se aventurou pelo mundo da cera Veet e que tu ainda achas que és "uma pessoa na casa dos vinte anos"!!! Ahahahah! Hilariante... Lamento te lembrar que já és quase trintona!! Sim, como eu, bem sei, mas não ando com falsas pretenções! =P Bem, fico à espera do proximo post!!!! (Ou postagem, em português! xD)

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  2. O autocarro era o da foto anexa ou o que faz parte do desenho da página electrónica (o que tem "Lovely Rita, ...."? Espero que tenha sido o segundo, é mais bonito.

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